Não são poucos os entraves pelos quais tenho passado desde que a mãe da Nina decidiu deixar tudo para trás e seguir sua vida. Apelei ao poder judiciário para rever a questão da guarda da minha filha. Procuro ser um bom pai, embora sei que muitas coisas não levo jeito, por exemplo, sofro horrores com o cabelinho da Nina e quase nunca acerto o ponto. Mas faço minha parte. Quando ela fica comigo procuro dar-lhe toda a alegria da mundo, saímos juntos, brincamos no Ginasião, corremos, andamos, curtimos tudo intensamente como se fossem nossos últimos momentos. Sei que minha filha me ama, sei que ela precisa de mim, sei que ela me confessa coisas que lhe recomendam para não me falar e sei que ela faz isso porque - sobretudo - confia em mim.
Não foram poucas as pessoas que me aconselharam para eu desistir de lutar, que era mesmo melhor ela ficar lá fora, com os avós, longe de mim e da mãe dela. Só que minha convicção movida pelo meu amor paterno é maior que eventuais conselhos e sugestões de quem quer que seja. Mas minhas convicções estão além de sugestões de terceiros. Sou um homem e tenho posições. Não tenho preço, ninguém me compra, não me seduzo por bens materiais, me seduzo pelo amor, pelo carinho, pelo afeto e pela fraternidade, por isso dei certo com a amiga Karine, que me ajudou nessa luta, dentro de suas possibilidades. O que quero da vida é tão pouco e sei que Deus, ao final, me dará à resposta a minha busca.
Nesse domingo de tantas definições, fui levar minha filhinha, cumprindo o ritual que me foi imposto por uma agenda judicial. Minha filhinha sorriu para mim o tempo todo, abraçou-me com força e com intensidade.
Assim, desejo a todos os meus amigos, amigas, leitores e leitoras um bom feriado, um 7 de setembro para refletirmos sobre nosso país, nossa cidadania e nossos papeis na vida em sociedade, como pais, como mães, como papeis cívicos.
A todos, felicidades.