Gosto do jornal. O Lemes é um cara sério.
Mas o artigo de hoje, dizendo que " prometer fábricas é um falácia", de lavra do Denilson Cortes ( que não sei se se formou em Administração ou Economia, para ser tão professoral assim, vai correr o mundo, dado o seu ridículo atroz ).
Esse artigo sim é uma ode à "vanguarda do atraso".
Ora, ora, ora. E o que a juventude da região vai fazer em Caxias, Bento, Canoas?
Procurar o que não existe em nossa região. A indústria.
Talvez o sr. Denílson, costumeiro convidado para dar aconselhamentos a determinada facção política ,esteja precisando saber que o mundo não termina logo depois de Jaguari.
Viaje sr. Denílson. Leia e estude um pouco que não vai lhe fazer mal.
Mas bradar contra a modernização é de cabo de esquadra.
Só falta pedir que os carros votem a ter manivela para dar o arranque...
Ou a que se volte a plantar de arado puxado a boi.
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nota do blogueiro
Reproduzi, na íntegra, o artigo de Ruy Gessinger, porque concordo - na essência - com sua análise.
De outro lado, li o artigo do amigo e colega Denilson Cortes e achei que ele foi de uma infelicidade tremenda. Gosto muito do Denilson, e isso é honesto. Mas sua análise vai, absolutamente, na contramão da história. A rigor, não tem nada de errado andar na contramão. Mas o momento político é de muita seriedade. Fábricas e empregos é a reivindicação número um nas pesquisas que realizei, justamente porque as pessoas não têm onde trabalhar aqui e deslocam-se para região celeira ou para a Serra.
Mesmo uma fábrica de médio porte, como foi a BRASPELCO, implantada por Chicão, afora os 512 empregos diretos, gerou uma gama de mais de mil empregos indiretos e fomentou um teia imensa de outros trabalhos indiretos, desde o vendedor de pastéis e sucos, cachorro-quente até bares e mercados foram fomentados.
Dias atrás, analisando o discurso do PP, ainda lembrei a concepção de gerenciar a cidade fechada em si, voltada para si, sem inovações relativas a novas cadeias ou arranjos produtivos. A análise do colega Denilson se enquadra nessa visão. Fecha com uma essa visão. Não deixa de ser uma visão, altamente conservadora, mas é uma visão.
Somente a industrialização de Santiago pode romper com o atraso, fomentar um proletariado urbano, e não gerar tanta intranquilidade e dores nas famílias, cujos filhos e filhas são obrigados a deslocaram-se para regiões distantes dos país, em busca de sobrevivência, dignidade e honradez. Decorre daí uma gama de sentimentos e dores, incertezas e instabilidades emocionais nas famílias.
O avanço do processo no curso da humanidade, seja na robótica, na telemática, nos processos industriais, são inexoráveis. Ninguém detém esse avanço. Faz parte das conquistas científicas e tecnológicas da humanidade, em qualquer campo, da medicina à física quântica.
Mas, repito, respeito essa visão de Denilson. Embora ele me lembre a célebre rebelião dos acendedores de lampiões públicos, inconformados com o advento da energia elétrica, esses saíam e quebravam os lampiões, como se fossem deter o avanço da energia elétrica.
Não é diferente a visão de Dom Quixote de La Mancha.
Santiago só tem uma saída, ou se moderniza, se industrializa, ou vai ser engolido no tempo, virando uma coisa muito estranha. E se o Projeto Temer, para o SIVAM, realmente tirar os quartéis de Santiago, como se cogita?
Será que já não chega termos ficado fora do mapa da UNIPAMPA, do IFEF e da UERGS?