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Uma noite de neblina em Santiago, o reencontro de velhos amigos e outras anotações

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Dr. Paulo Bandeira e Cristine Viero, com meu livro: A ARTE DE
DE ENGANAR O POVO
Noite passada. O clima manhoso, aquela névoa, que não é chuva, mas molha como tal. Eu tinha estado ali no Restaurante da frente do Shopping, tomei um chocolate quente, com pães de queijo. Estava encerrado, lendo notícias sobre Moçambique, quando meu telefone toca. Vejo que era prefixo 51. Atendo. 

Era o Advogado Paulo Bandeira, também locutor (Rádio Pampa, Porto Alegre, Santiago...). Bandeira queria conversar comigo e queria apresentar-me uma amiga. 

Sabia ele que eu e a Cristine (essa moça aí da foto) não éramos amigos. Mas foi bom. A Cristine é filha da candidata a vice-prefeita Nice Viero. Conheci ela ainda criança, por incrível que pareça, na câmara de vereadores de Santiago, quando ainda era ali no prédio da Prefeitura. 

Passaram-se os anos. 

O pai da Cris foi vereador, Miguel Viero, pessoa decentíssima em nossa sociedade, muito estimado. Faleceu precocemente. Ela ficou órfã de pai e seguiu tocando os negócios dele. 

Na verdade, acabei ouvindo mais as impressões dela, que sintetizam uma média do pensamento da juventude. 

E foi, e foi, e foi. Um assunto emenda no outro. Cris é bem mais política que a mãe dela. Até acho que faria mais sucesso se ela própria fosse a vice do Guilherme, 

Foi bom. Eu estava sozinho e ela me fez relembrar a finada Eliziane. "Te lembra Júlio aquela vez em Porto Alegre com a Eliziane e passei por vocês ... fiz aquela gritaria, abanei para vocês ... ".

Mas, Cristine também me marcou quando eu concorria prefeito pelo PT. Encontrei-a na rua, e ela me atacou e foi logo dizendo: "olha, eu não boto propaganda de candidato no mural lá da Imobiliária ... mas botei a tua ...". Achei ela muito querida, muito simpática, agradeci a elegância do gesto. Minha falecida mãe criou-me como se uma moça eu fosse e educou-me sempre a retribuir as delicadezas e finezas das relações inter-pessoais. Então, retribui a elegância do gesto de Cristine com uma rosa. 

Eu estava afastado da política. Nem com o próprio Guilherme eu tenho falado. Eventualmente, falo com a Professora Nice. Mas é aquele papos assim: tudo bem, como vai ... Não passa disso. Como sou Advogado do PMDB-Unistalda, da majoritária e proporcional, e o Augusto é contador comum a ambas as cidades, sempre tenho que assinar documentos, isso e aquilo e a Alessandra também faz um meio de campo para a Dra. Maristela. Vira e mexe, eles andam atrás de mim. Mas meu envolvimento é meramente profissional, especialmente com o PMDB. 

Na verdade, eu ando meio brocha com essas políticas. Tá me faltando uma boa ... digamos assim, dose de entusiasmo. Embora, na tarde de hoje, Nina, meu docinho, tenha me proporcionado grandes alegrias. 

Foi uma confusão. 

Afora a pensão, eu sempre compro presentes, roupas, calçados e - sobretudo - aquelas gulodices que ela adora. 

Enchi uma caixa de isopor de sucos, salgadinhos, barras e chocolates, kinder-ovo (ela adora) ... lacrei a caixa e enviei pelo ônibus. 

Só que num péssimo trajeto da estrada de chão, o veículo quebrou e ela me disse, por telefone, que não tinha recebido a caixa dela. 

Ficou na estrada com a mãezinha dela e nada:

- Pai, o ônibus não veio.

- O que que tu me mandou pai?

- Bá filha, salgadinhos, seis saquinhos diferentes, batatinha frita, sucos, kinder ovo, barras de chocolate, comprimidinhos ... e um cartãozinho. 

- Obrigada papai. Tudo isso?

Minha filhinha é muito amada. É um docinho de pessoa. Sempre ativa, tagarela, falante...

Liguei para o dono da empresa do ônibus, que é meu amigo pessoal. Ele, gentilmente, mandou uma camionete particular apanhar a caixa e levaram até Maçambará, para não frustrar a Nina. Mais tarde, quando liguei para ela, já tinha recebido tudo e estava feliz da vida. 



NINA
Mas, enfim, é vida de um advogado sozinho numa noite chuvosa de Santiago. 

Menos mal, que existe o facebook e isso distrai a gente. 

Voltando a Cris.

Foi bom ouvi-la. Ela é moça muito inteligente, sabe perceber e sentir a política. Geralmente, essas guriazinhas bonitinhas, como ela, são fúteis, sem conteúdo. Cris, não, ela me fez uma análise dos bairros, do comportamento das classes sociais, muito, muito, muito inteligente. Tem conteúdo. muito conteúdo. 

Autografei meu penúltimo livro: A ARTE DE ENGANAR O POVO e a presenteei. Na foto, ela, com o Dr. Paulo Bandeira. 

Por fim, agradeço a todos os meus amigos que - de uma forma ou de outra - se lembram que eu existo e me convidam para uma conversa, para uma troca de idéias. O Luciano Cardoso Vieira, que é o irmão que eu não tive, pessoa boníssima, tá sempre ligando, participando, incentivando. Figura humana maravilhosa. O Bressan, eu o conheci no PSD, mas acabei descobrindo um grande amigo. Levou-me para conhecer seus pomares e volta e meia, sabedor que adoro limas, enche-me um saco de limas. Que figura extraordinária. 

Puxa, meu estimado amigo Dr. Diego Zuliane, que gesto bacana teve comigo. Aliás sempre, pessoa cordial, coração bom, sempre disposto a ajudar, sempre prestativo, inteligente. Um grande Amigo meu. Agradeço também, a Paula, assessora pessoal do Ruderson, não tenho palavras para agradecer a atenção desse pessoal do melhor Hospital da minha vida. 


BRIGADA MILITAR: DE EXÉRCITO À POLÍCIA MILITAR (1892-2016)

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Romeu Karnikowiski
Por: Romeu Karnikowiki, Advogado, Mestre e Doutor em Sociologia pela UFRGS, Pós-Doutor na mesma área, paracista nacional em segurança pública e Policias, conferencista, Professor da PUC e colaborador do blog, tendo sido fundador e colunista do Jornal A Hora, de minha propriedade, refundado em 1996. Leia mais no final do texto**

Concebida pelo gênio e determinação de Júlio Prates de Castilhos (1860-1903), a Brigada Militar foi criada pelo Ato 357, assinado por Fernando Abbott, no dia 15 de outubro de 1892. Demétrio Ribeiro escreveu em 1891 que Júlio Prates de Castilhos, então Presidente do Rio Grande, preparava a criação de um “exército policial” para ser a sua guarda pretoriana, mas quando ele foi deposto em novembro desse mesmo ano, o projeto foi interrompido.  Prates de Castilhos voltou ao poder na revolução de 17 de junho de 1892, retomando os desígnios para a criação do seu exército estadual, o que acabou acontecendo em outubro. A Brigada Militar, batizada com esse nome por ordem de Júlio de Castilhos sob a influência do positivismo de Auguste Comte, tomou como modelo a organização do Exército Nacional. Por isso, Júlio Prates de Castilhos, até os anos trinta, sempre foi tratado como o “Pai da Brigada Militar”, 

principalmente, nos pronunciamentos do coronel Afonso Emílio Massot (1865-1925). Desde a sua criação em 1892, ela já se tornou legendária, sendo protagonista determinante da Revolução Federalista de 1893, na encarniçada guerra contra os maragatos libertadores. Para comandá-la, Castilhos chamou oficiais do Exército Nacional, tais como o então major engenheiro Joaquim Pantaleão Telles de Queiroz, comissionado no posto de coronel para ser o seu primeiro comandante-geral e o capitão Fabrício Baptista de Oliveira Pillar, comissionado no posto de tenente-coronel para comandar o recém criado 1º Regimento de Cavalaria, entre outros oficiais. A Brigada tornou-se ao longo da sua existência na maior prestadora de serviços públicos do Estado do Rio Grande do Sul, além de ter participado efetivamente nas mais importantes guerras insurrecionais que abalaram o Brasil até os anos trinta.

 A partir do advento da República em 1889, vários estados, entre os quais o Rio Grande do Sul, organizaram suas próprias milícias como verdadeiras forças bélicas, com o objetivo de ser o braço armado das suas oligarquias dominantes. A Brigada Militar em razão da Guerra Civil de 1893 emergiu como um formidável exército estadual, constituindo-se, em berçaria de guerreiros e na força pública mais experimentada do país. Embora a missão de polícia ostensiva estive a cargo dos municípios por determinação da Lei 11, de 4 de janeiro de 1896, a Brigada Militar, por convênio realizou alguns serviços de policiamento e salvamento em Porto Alegre, onde está nos anais a heróica atuação dos seus 1º e 2º batalhões de infantaria e também do 1º regimento de cavalaria na terrível enchente que atingiu a Capital do Rio Grande do Sul em 1897, fato que se repetiu ainda mais intensamente em 1941, com abnegada participação da força gaúcha nos serviços de defesa civil.

 A chegada da Missão Instrutora do Exército em 1909 inaugurou a era do profissionalismo militar da milícia gaúcha. O estudioso Corálio Cabeda escreveu que essa Missão Militar provocou verdadeira revolução nos rumos da Brigada Militar onde pode-se destacar a criação da sua academia em 1916 e o aprofundamento do seu ethos bélico. A Missão Instrutora do Exército, tal como a Missão Militar Francesa que começou a treinar a Força Pública de São Paulo em 1906, pode ser considerada a grande responsável em estabelecer a consistência profissional do oficialato da milícia gaúcha. 

Alguns dos ícones mais importantes da força emergiram dessa Missão Militar tais como o general Emílio Lúcio Esteves, coronel João de Deus Canabarro Cunha e o coronel Ruy França entre outros. Assomado a grande experiência adquirida nas guerras insurrecionais ela tornou-se, assim, um respeitado e temido exército estadual. Getúlio Vargas (1883-1954), por influência dos generais das Forças Armadas, desbelicizou as milícias estaduais por meio da Lei nº 192/1936, retirando a sua característica de exército estadual. Flores da Cunha (1880-1959), general honorário que governou o Rio Grande do Sul entre 1930 e 1937, teve grande importância na história da Brigada Militar. 

Primeiro, foi ele que inventou o mito de que a corporação foi criada em 1837, porque ele queria que a força gaúcha, em razão das grandes comemorações dos Cem Anos da Revolução Farroupilha em 1935, tivesse um pé nesse grande fato histórico. O Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, que havia sido criado sob o modelo militar por Norberto Garrido, em 1º de março de 1895, por sua determinação, foi incorporado pela Brigada Militar ainda em 1935. Dois anos depois, em 1937, ele comprou quatro blindados da Hungria com o objetivo de armar a Brigada Militar numa possível guerra contra Getúlio Vargas, mas ele foi deposto por articulação de Getúlio Vargas, pouco antes da instauração do Estado-Novo (1937-1945). Walter Jobim foi eleito governador do Estado do Rio Grande do Sul em 1947. Este nomeou o coronel Walter Peracchi de Barcellos como comandante-geral da Brigada Militar, cargo que exerceu entre 1947-1950. 

O coronel Peracchi que salvou a Brigada da possível extinção na Constituinte Estadual de 1947 era um oficial modernizador e percebeu que a época dos exércitos estaduais havia terminado, dando início ao longo processo de policialização da Brigada Militar. Na transformação em polícia militar da força gaúcha, o coronel Peracchi protagonizou a criação da Companhia de Polícia “Pedro e Paulo” em Porto Alegre, do Regimento de Polícia Rural Montadaem Santa Maria e do Curso de Polícia para os oficiais, todos no ano de 1955. O regime militar de 1964 mudou radicalmente o papel das milícias estaduais tornando-as definitivamente polícias militares, por meio do Decreto-lei 317/1967, dentro do qual criou a Inspetoria-Geral das Polícias Militares (IGPM). Assim, em razão do DL 317/1967, que deu a exclusividade do policiamento ostensivo nos estados às polícias militares, o então Governador Peracchi de Barcellos, pelo Decreto 501, de 2 de maio de 1967, extinguiu a excelente Guarda Civil e também os Guardas Noturnos que era uma espécie de polícia particular. Embora a Constituição de 1934, já havia colocado como polícias militares foi o regime de 1964, que as definiu como polícias militares, primeiro no DL 317/1967 e depois no Decreto-lei 667/1969, sob a férrea fiscalização e supervisão da Inspetoria-Geral das Polícias Militares (IGPM).

 A essa altura, a Brigada Militar havia formado uma sólida doutrina de policiamento ostensivo que superava mesmo as linhas da própria IGPM. A rigor, a sua policialização aprofundou-se com a Constituição de 1988, no seu art. 144, que redefiniu o seu papel não mais como polícia de ordem, de caráter autoritário instituído pelo regime de 1964, agindo somente na defesa do Estado, mas como polícia de segurança, imbuída de valores democráticos atuando na preservação da vida das pessoas e da sociedade atuando como polícia ostensiva e na manutenção da ordem pública.

BRIGADA MILITAR

EXÉRCITO ESTADUAL

POLÍCIA MILITAR

Defesa das Instituições

Polícia de Ordem

Polícia de Segurança

1892-1950

1967-1988

1988 em diante

1950-1967

Policialização ou transformação em polícia militar da BM, sob o paradigma de polícia de segurança, por liderança e doutrinação de oficiais modernizadores, tais como os coronéis Peracchi de Barcellos, Luis Iponema, Nilo Ferreira entre outros. Esse processo próprio da BM, infelizmente, foi interrompido pelo DL 317/1967, baixado pelo regime militar (1964-1985).

 Por fim, a Brigada Militar, dentro da sua policialização deve avançar na perspectiva do policiamento comunitário com respeito aos direitos humanos, respeito à cidadania e sem preconceito de qualquer natureza tal como uma verdadeira polícia democrática. O fato de constituir-se em uma polícia de segurança, com caráter comunitário e democrático, não significa que ele venha ser uma força mole, sem vigor na sua atuação, antes ao contrário, deve ter o máximo rigor profissional e sem hesitar em usar a força física quando e se necessário. Na sua ação profissional, ela tem que ser uma polícia dura e sem compactuar com a criminalidade, quando ela for invocada e acionada para exercer o policiamento ostensivo e garantia da ordem pública, mas sem nunca perder a sua fundamentação como policia de segurança, comunitária e democrática com absoluto respeito a cidadania e a dignidade humana, pois caso isso não seja observado, a polícia tornasse o mais terrível e horrendo dos instrumentos institucionais dos governos na sua relação com a sociedade. A Brigada Militar deve ser guardiã do Estado democrático de direito no seu exercício do policiamento ostensivo e garantidora da ordem pública.

** O Doutor Romeu é natural aqui de São Luiz Gonzaga e ficamos amigos no ano de 1983, quando eu integrava a assessoria do Gabinete do Deputado e Desembargador aposentado José Paulo Bisol. Ficamos grandes amigos e nossa amizade se mantém até os dias atuais. É um dos grandes juristas que emerge dessa geração jovem, Advogado, Doutor e Pós-Doutor em Sociologia. O colega João Lemes, do Jornal Expresso Ilustrado, tornou-se amigo de Romeu por meu intermédio. E o saudoso prefeito Chicão, também polaco, fez grande amizade com Karnikowiski. Nossos encontros em Porto Alegre eram regados a vodka e planos para conquistar o mundo. Romeu é conferencista internacional e já elaborou diversos estudos para a ONU sobre segurança pública e polícias de diversos países. Também é o autor do principal parecer contra a PEC 241, sobre a nova política fiscal. Tenho cópia do parecer e quem o desejar pode me pedir pelo e-mail ou facebook. 









Tristeza, vergonha ...

ETERNAMENTE DILMA

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Eu votei em Dilma para Presidente. Minha opinião é que esse impeachment foi um golpe branco, mas nem por isso, menos golpe. Por outro lado, essa rosa preta, foi meu protesto silencioso. 

O Brasil vai vivenciar uma nova onda e as políticas públicas poderão ser cotejadas. Não tenho muitas dúvidas, Dilma, afora ter dado um raro exemplo de grandeza durante seu julgamento no Senado, se vier a ser candidata - agora em 2018 - será eleita de novo. 

Mostrou toda a fibra de uma mulher, testado ao seu extremo.  Honradez e uma dignidade ímpares. Sou fã da Dilma. Já era, agora, sou mais ainda. 

O debate dos prefeituráveis, quem venceu e quem perdeu?

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Creio que boa parte dos refletores políticos de Santiago e região se voltaram para o debate, na Rádio Santiago, entre os 3 candidatos a Prefeito de Santiago. 

Antonio Bueno, PT, Guilherme, Somos Todos Santiago, Tiago, PP/PTB. 

A dinâmica do programa foi ruim. Cinco minutos é muito tempo e só um para réplica e tréplica. Tornou o debate enfadonho e cansativo. Ninguém, exceto a militância, teve saco de ouvir até o fim.

O que dizer?


Tiago
Tiago, para mim, segue a linha Ruivo. Defendeu bem a administração, até a saúde, ele defendeu, o que eu achei que ele não defenderia, especialmente pelas críticas do seu vice Cláudio Cardoso. Tecnicamente, foi bem. Fala pausado, argumentos bons. Esperava que ele fosse mal, mas não foi. Creio que ele vem se superando. 

Agora, mesmo que não queira, caiu em grandes contradições. Para segurar Guilherme, ele e Bueno, entraram para a linha da responsabilidade.

Tiago abriu uma crítica ferrenha ao governo Sartori, criticou atrasos e parcelamentos de salários, jogou com os professores e funcionalismo. Sem Bueno perceber, ele invadiu a zona que seria petista, foi mais feliz que o próprio Bueno, aliás, o petista, sempre preocupado em atacar Guilherme, diria que 90% de seus ataques foram contra Guilherme e 10% contra Tiago.


Bueno
Bueno tentou demarcar um espaço para dizer que apenas ele é oposição em Santiago, aliás, essa é sua linha discursiva. Saiu muito bem na defesa do governo federal do PT e seus programas. Mas também levou de Tiago que acabou atacando a roubalheira e a corrupção. Tiago foi o discurso mais moralista. O erro na demarcação de campo de Bueno, como oposição, foi centrar fogo o tempo todo em Guilherme. Quando ele se lembrou de atacar Tiago, ao final, já tinha passado para todos a ideia de linha auxiliar do PP, embora essa não fosse sua intenção. 

Tiago, afora ter defendido bem o governo municipal, soube se defender, mas não foi um tanto propositivo, porque tinha que se defender dos ataques pontuais de Guilherme e contou com a felicidade de que sua contradições sequer foram atacadas. Ao abrir fogo contra Sartori, Tiago e Bueno falavam a mesma linguagem. Guilherme teve a bola picando e não chutou. Poderia ter respondido na hora: "mas o que é isso, o PP integra o governo Sartori, tem duas secretárias, primeiro escalão do governo, bancada pepista na AL é Sartori". Mas Guilherme só falou isso no final, quando ninguém mais escutava o longo e cansativo debate.  Diria até que Tiago teve mais sorte que juízo. É uma ousadia ele fazer um discurso contra o governo estadual, sendo que seu partido integra esse mesmo governo. 

Bueno, mais bateu do que propôs. Mas debate bem. Foi muito corajoso ao assumir a discriminalização do uso da maconha. E também justificou-se muito bem. Nisso, foi perfeito. Mas, no geral, foi muito generalista. 

É claro, Guilherme está sendo um trator. O que ninguém se surpreendeu. Eu nem falo mais com o Guilherme, ele pergunta uma coisa para a gente e ele mesmo responde. Mas foi o mais propositivo. Diferente de Tiago, não tem o que defender. Então se concentra na proposição. Foi o único que assumiu que trará indústrias, que gerará indústrias, citou de forma pontual a matéria-prima local, carne, grãos, frutas. Respondeu bem à crítica de Bueno de que estamos longe e soube ponderar que o pólo metal-mecânico da região celeira saiu do Vale do Sinos e de Caxias e se consolidou numa região distante. Citou, também,  o exemplo do oeste catarinense. 

Diria que Guilherme provocou e inquietou o tempo todo. O debate só não virou sonolento devido suas propostas. Vai criar o pronto atendimento 24 horas e provocou o PP que não fez a UPA. Atacou a distribuição de medicamentos, promete mudar, quer que o médico de a consulta e a pessoa já saia com o remédio na mão. E defendeu abertamente uma universidade federal pública e gratuita em Santiago. 

Na questão do lixo, houve um bom debate entre Guilherme e Tiago. Guilherme atropelou tudo e disse que é possível uma usina local, que o PP foi falho ao não se articular com o Vale do Jaguari...foi um franco atirador. Tiago, fez a defesa e fez muito bem, ponderou pelas dificuldades da nova lei de resíduos sólidos, falou nas dificuldades em licenciar um lixão, mostrou conhecimento na área. 

Bueno foi no rim do PP ao atacar as penas e os investimentos no centro. Não replicado, exceto - vagamente - por Tiago. Tiago, a rigor, se preocupava mais em revidar os ataques de Guilherme do que de Bueno. 

Na questão do Distrito Industrial, um novo embate e um bom embate. Guilherme ousa muito e avança na crítica, falta licenciamento ambiental, critica a burocracia, falta de energia, acesso, falta água...Tiago defendeu o Distrito, os investidores, enumerou os investimentos, foi bem didático e professoral.

Na verdade, em suma, existem duas propostas bem delineadas. Do lado das oposições, surge um discurso novo, propondo uma ruptura com os padrões da atual matriz econômica. Isso é o que defende Guilherme, ao sustentar que vai trazer a criar fábricas, ao citar o número de desempregados da cidade, enfim, o discurso é bem pontual. Tiago, é mais ponderado, não ousa como Guilherme, falou várias vezes em responsabilidade, e começa ficar claro sua visão de matriz econômica, centrada em arranjos produtivos, muito dentro da linha de Júlio Ruivo. É um choque aberto entre duas visões que vão polarizar os debates daqui para frente. 

Também a saúde, será o palco de embates. Na mesma linha. Tiago sustenta o atual governo municipal, defende os ESFs, defende o CMI, enfim, seu discurso não pode ser outro, ele é coerente na defesa do PP e defende muito bem.Guilherme avança o sinal. Diz que vai criar um Pronto atendimento 24 horas, diz que vai descentralizar a distribuição de medicamentos, deixa claro uma afinidade muito clara com o Hospital e faz constantes insinuações de que a relação da gestão do PP com o Hospital não é boa. Nessa área, saúde, também se deram os grandes embates. Duas propostas bem diferentes. Guilherme defende bem a desconstrução e a necessidade de uma virada de mesa e Tiago também defende bem a atual gestão. 

Honestamente, hoje penso que o PP não poderia ter melhor candidato. Tiago me surpreendeu porque o imaginava mais despreparado. Segurou-se bem, segurou o trator Guilherme. Mas Guilherme também encarna, como ninguém, o perfil da mudança de rumos. Nunca a oposição teve um discurso tão pontual e tão claro. 

O debate foi um digladio de dois titãs de mesma origem. 


Guilherme
Um terceiro ponto que chama muito a atenção é que Guilherme roubou o discurso do PT e saiu na frente propondo UNIPAMPA, IFET ... botou o PT na retaguarda. Mas Tiago foi olímpico e não entrou nessa seara. A URI vai ser um pepino na mão do PP, embora não fala isso, Guilherme claramente propugna a defesa petista de ensino superior público e gratuito. É um salada ideológica para ninguém botar defeito. Soube que Dona Aida Bochi, da direção do PSD, vai gravar participação de apoio a Guilherme. Durma com um temporal desses. 

Acho que inconscientemente, não sei bem, ou se consciente, mas quem pautou o debate foi Guilherme, com suas propostas diferentes em tudo, na geração de emprego e renda, na saúde e na educação. Foi atacado por Bueno e forçou Tiago a fazer a defesa da atual matriz econômica. 

Dizer quem tem razão, quem ganhou o debate, é muito cedo. É claro, agora a coisa incendiou em Santiago, embora Tiago passou uma segurança de quem está de posse da situação. 

Guilherme foi o ator perfeito. Nunca a oposição falou uma linguagem tão clara e tão cheia de propostas. Se serão exequíveis, se será exitoso, só o longo dos debates e campanha é que mostrarão. 

Será um confronto aberto entre manutenção, redefinição e reconstrução. 

A resposta de como a sociedade reagirá a esse confronto de idéias, só saberemos nas urnas. 

Os apaixonados, de ambos os lados, acham que seu candidato venceu o debate. 

Eu sou Dilma, isso até as pedras sabem. Mas como sociólogo, e  conheço a realidade política de Santiago, posso assegurar que esse debate deu o tom de como serão os enfrentamentos daqui para a frente, as linhas discursivas de Tiago e Guilherme são bem claras. A de Bueno, mais cosmopolita, precisava ser mais localista, ao meu ver. As pessoas numa eleição municipal querem um debate mais paroquialista e linha abrangente de Bueno acaba se perdendo um pouco, o que é uma pena, pois Bueno se expressa muito bem, defende muito bem o governo do PT e as conquistas dos petistas. 

Uma coisa é certa: se os eleitores se convencerem de que é possível uma ruptura na matriz econômica municipal, que as críticas e as proposta de Guilherme para a saúde são pertinentes e que sua análise sobre ensino infantil e universitário convencerem, a situação terá dificuldades. 

Agora, se a população optar pela manutenção do atual estágio produtivo, assentado na matriz pepista, dos arranjos produtivos locais, do comércio atual e do atual estágio das forças produtivas locais, se a defesa da saúde, que pautou boa parte dos debates, for mais consistente e a defesa da manutenção das EMEIS, creches e do ensino universitário, representadas por Tiago, forem mais coerentes, é lógico que o PP ficará na Prefeitura por mais 20 anos. 

A oposição histórica, do PDT, PMDB e PSDB, mais essa onda nova, do Rede ao PROS (acho que tem mais siglas no meio, não sei bem), mais as dissidências do PP, veio com tudo. Se não conseguirem embolar agora, sei lá ... a Nina vai ser mamãe e o PP seguirá dando as cartas, com sua máquina eleitoral bem azeitada. 

Não sei os servidores públicos municipais e os professores públicos municipais o que acharam do debate. 

Agora, será um guerra de opiniões, que mais ganha é o universo político santiaguense. O vencedor mesmo, sairá das urnas. 


Clínica de Psicologia

Da minha própria origem, traços de uma maldição hereditária

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Minha avó materna era Leodina Soares de Lima
Nessa semana que se encerra, conheci uma cozinheira que trabalha com o Guilherme, cujo pai é vivo, apesar dos seus 96 anos. Ele mora no Rincão dos Soares, ali quem vai para Florida e conhece muito bem minha origem materna. O nome dessa senhora é Jacimara Soares, mais conhecida como Mara Soares. 

Eu sou da família Soares, pela parte da minha mãe, cujo nome de solteira era Jandira Soares de Lima. Meu pai era Delfino Ribeiro Prates, mas todos o conheciam como NINO. 

Minha mãe tinha dois irmãos, Garibaldi Soares de Lima e o tio Rico Soares de Lima.

Esse é um lado da história, apenas. 

Minha avó, Leodina Soares de Lima, quando tinha 3 filhos, decidiu abandonar meu avô e fugiu com um aventureiro, indo morar na Barra do Alto Uruguai, em Três Passos, onde teve 3 filhas mulheres e dois filhos. Duas delas, vieram para o Rincão do Soares/Florida. Uma delas, contou-me Elesbão Mamedes Vargas Chagas, em vida, conheceu-a, dizem que era um mulher lindíssima, loira, alta, olhos verdes. Segundo Elesbão me contou ela namorou, quando solteiro, um falecido médico local e depois teria ido embora para Itaqui. Ela viveu em Santiago entre 1954 e 1962. Em São Borja, teria se envolvido com um estanceiro que a adquiriu uma casa de dois andares em Itaqui, onde ela está enterrada. 

Não sei o destino das outras irmãs de minha mãe por parte de mãe. Só minha mãe, se negou a rever sua própria mãe o resto da vida. Meus dois tios, quando foram procurados pela mãe, perdoaram-na, tiveram uma vida em harmonia com ela. Minha mãe, Dona Jandira, embora tenho acolhido sua meia irmã, se negou até a morte em rever sua própria mãe, minha avó. 

A fracionamento de minha família, começou por aí.

Mas a história é bem complicada. 

Tentando reconstruir minha história e entender um pouco dessa sacrossanta confusão, passei a lembrar-me de minha infância e pré-adolescência.


Por alguma razão que eu nunca entendi, Elesbão Mamedes Vargas Chagas, que fora um dos maiores estanceiros do Rio Grande do Sul, e botou tudo fora, terminando a vida com motorista de Cooperativa Rural, queria que eu entrasse para a política e desde muito cedo levava-me nas reuniões partidárias. 

Nunca me esqueci, eu devia ter uns dez anos, senão nove, fui com Elesbão para uma pescaria na Barragem Chanchuri, entre Itaqui e Uruguaina. Passamos a tarde pescando palometas nessa barragem e depois, ao cair da tarde, Elesbão me disse que posaríamos em Itaqui, numa casa de mulheres. 

Criança, lembro-me bem da festa que fizeram quando Elesbão lá chegou. Ele era famoso. Mas me lembro bem da suntuosidade do prédio, da parte de baixo...num certo momento, na recepção, Elesbão dirigiu-se a uma mulher, me lembro vagamente dela, e disse: esse é o Júlio.

Lembro-me como se fosse hoje, sem entender nada, que ela abraçou-me e levou-me para um quarto na parte superior prédio. Fiquei sentado, ela me perguntava tanta coisa...lembro-me que conversei bastante com ela, muito tempo. Não sei como, dormi em seu quarto, tenho vagas lembranças sobre isso. Exceto, que no outro dia cedo saímos de volta em direção a São Borja.

E Elesbão só me pegou no quarto dela pela manhã. É certo que dormi aos cuidados dela, e ela queria aquilo por alguma razão.

Com essa minha briga pela Nina, toda centrada no judiciário de Itaqui, certo dia, sai pela cidade, decidi revirar a cidade e vasculhar o cemitério atrás de fotos que pudessem me dar uma base pela época e pela foto. São muitos prédios de dois andares, mas um me pareceu ser o que estive, embora todo em ruínas. No cemitério, vasculhei o que deu, infrutiferamente. 


A origem da família LIMA é conhecida. Toda ela é de judeus marranos, do norte de Portugal. A própria Associação Brasileira de Judeus Perseguidos da Inquisição reconhece nossa família com tal origem e eu próprio fui admitido no Instituto a partir de detalhada reconstrução de minha árvore genealógica.

Tendo lido no livro do Senhor Antero Simões, com ajuda do servidor Machado, da câmara de vereadores de Santiago, descubro algo que sempre me intrigou na família Soares. Primeiro, eram basicamente bandeirantes paulistas, que vim a saber posteriormente, com um histórico de sangue e violência inconcebível para os padrões da época.

 Poderosos, violentos e chacineiros, decidiram deixar São Paulo e compraram terras no caminho
que vai a Florida, localidade hoje chamada Rincão do Soares. 

Aqui mesmo, embora falem muito que existem mais de uma família Soares, para mim, são todos uma só, separados apenas pelo ódio e vingança, matança e carnificina. 

O maior mito popular da região, longe de ser o inocente Russo, era o Ranchão, Déio Soares, que vivia de assaltar fazendas, famoso por se meter em tiroteios, atirador exímio, ninguém sabe exatamente quantas pessoas Ranchão matou.

Minha mãe sempre me contava suas histórias. Só que minha mãe o considerava da família, adorava o Ranchão e o via sob a ótica do heroísmo. Ranchão tinha o corpo todo tatuado por orações e dizia que nunca lhe matariam. 

O maior inimigo de Ranchão, também outro famoso pelas matanças que promovia, era seu Tuca Soares, segundo os relatos do pai de Mara Soares, a cozinheira do Guilherme Bonotto, Tuca era primo de Ranchão, mas ficaram inimigos e um prometia matar o outro, mas nunca se cruzaram desde que fizeram o pacto de morte um do outro. 

Meu tio-avô, Mariano Lima, irmão do meu avô, viveu uma tragédia quando um filho de 7 anos foi morto por um tiro de espingarda, desferido por um irmão de 11 anos. 

O pai de Mara Soares, a cozinheira de Guilherme, mora na propriedade ao lado do meu tio-avô e assistiu a tragédia. Quando chegaram, Mauro, o nome do meu primo, de 7 anos, ainda agonizava com o peito estraçalhado por um tiro de espingarda. 

Daí eu comecei a perguntar para Mara Soares sobre meus primos e descendentes. Fulano, se matou. Beltrano, se matou. E o ... se matou. E o ...se matou. Bisavós, avós, netos, bisnetos e herança de suicídio é algo assustador. Raro é quem morre de morte natural. E os que não se matam, enlouquecem. Doença mental mesmo. 

O problema mesmo é saber se essa depressão que afeta minha família é genética. Mesmo que eu não queira, eu sou Soares, pela parte de minha avó, de minha mãe. Nunca me interessei em investigar esse assunto a fundo, mas é algo que chama muito a atenção, muito mesmo.

O pessoal local sabe do histórico de suicídio em nossa família. E isso vem passando de geração a geração e parece não ter fim mesmo. 

Agora, minha grande dúvida é se é possível esse transmissão hereditária da depressão e também da violência, herança dos nossos ancestrais. 

Agora, é intrigante, como isso é possível?

O certo mesmo, é que não somos exemplares. Eu mesmo, minha vida sempre foi um caos. Por que eu me ferrei no quartel, aos 18 anos. Um tenente pôs a mão em mim e ficou no chão. Dali, Polícia do Exército, prisão, banimento. Eu sempre lutei contra a própria violência que sinto ter dentro de mim. Também, luto e racionalizo a questão da depressão, o que eu assumo, não sei se é depressão mesmo, ou tristeza ou alguma coisa outra que eu não sei explicar. Juro que não entendo, mesmo tendo estudado o projeto Genoma Humano, como pode essa carga genética, com os genes da violência e da amargura, serem repassados por séculos e séculos. Afinal, minha herança genética é confusa, tá lá nos bandeirantes paulistas, provavelmente portugeses não judeus, com o Lima, judeu-marrano, do Rio Grande do Sul. 
Nina

Sinceramente, não sei que origem genética a Nina tem, o que predomina nela. Vou saber. Mas ela me intriga muito. Eu temo muito pela Nina. 

Recentemente, eu estive envolvido numa briga, quando a fui buscar. Um senhor puxou-me um faca e disse que furaria meus olhos. Eu não reagi, apenas esperei que ele viesse com a faca, isso em Maçambará, porteira da casa de Eliziane. Nisso, Nina, vendo ele com a faca apontada para mim, toma uma atitude totalmente surpreendente, dá uma corrida cega, avança-se no homem que me apontava a faca, totalmente sem medo, furiosa, ao que ele pegou-a e jogou-a longe, ela tinha apenas 5 anos. E um promotor do Ministério Público do Rio Grande do Sul, decidiu encerrar o caso.

Mas, certo dia, estávamos no Batista, almoçando, eu, Dra. Karine, Nina e o Marquinhos. Domingo, o restaurante cheio. Não sei como, houve um desacerto entre as crianças e Nina pega um menino, em pleno restaurante, pelos cabelos, leva a cabeça desse ao chão e pisa em cima. O menininho até bem maior que ela. Foi uma cena deprimente chocante. A própria Dra. Karine, uma psiquiatra experiente, ficou chocada com a cena. 

Dias depois, ela estava comigo no Ginasião. Ela é aquele doce de criança. Amável, linda, educada, romântica. Ela brincava e eu assistia a um jogo. Quando vejo, ela convida uma menininha para brincar. A menina se recusa, então ela pega a menina pelos cabelos e a joga no chão, e de novo, com o pé para pisar na cabeça da menininha. 

Eu fiquei profundamente chocado com os exemplos. Por isso, tratei de encher a cabeça dela com religião, amor, bondade, não-violência. Como eu conversei com ela sobre isso. Mas eu noto que Nina tem uma veia muito complicada, não sei se minha, não sei, mas que tem, tem. Nina não demonstra medo, ela guarda as coisas dentro dela, e existem fatos e episódios que ela - vira e mexe - só relata para mim. 

Ela era uma criança alegre e feliz, até nossa separação. Aí começou a demonstrar um lado que ninguém sabe entender nela. 

Era o ano de 2014. Eu estava do lado de fora do escritório jurídico do Sindicato e Nina vasculhava fotos no computador. De repente, ela encontra uma foto no natal de 2013, eu, Eliziane e ela. Ouvi os gritos do choro de Nina, ela olha da foto e soluçava aos prantos: isso aqui nunca mais vai acontecer

Abracei-a, abracei-a, com afeto, beijei-a, tirei ela do local e fui para o fundo do pátio. As pessoas não compreendiam a extensão do nosso drama. Só eu e ela calamos. Quietos, no fundo pátio, eu pedi para ela não chorar. E contei para ela uma história. 

A segunda crise que ela viveu, foi quando entrou em nossa casa e viu a estante de livros, que ocupava toda uma parede, desmanchada e os livros empacotados; ela me olhou, chorou e disse-me: por que vocês fizeram isso?

Nesse dia falei-lhe que devíamos passar por aquilo. Que seríamos fortes e saberíamos superar e entender tudo. Ademais, falei-lhe em Deus, chorando, pedi para ela ter fé e disse-lhe que Deus tudo vê e tudo sabe. 

Foram as duas maiores dores que eu tive em minha vida. Sei onde estão essas dores, e sei que foram as duas maiores dores dela, também. Também sei onde estão essas dores. 

Ninguém gosta de tocar em suas próprias vísceras. Todos nós ocultamos nossos defeitos e imperfeições. As pessoas são falsas e todos fingem normalidade e ajustes a padrões sociais. Ninguém gosta de investigar sua própria origem. Os que sabem o lado obscuro da força, omitem-no. Não que todos nós não tenhamos. 

Eu ainda não sei muita coisa. Mas descobri outras tantas que também desconhecia. Não sei que alma habita meu corpo e nem - exatamente - que herança genética carrego. Sei identificar bem claramente as sementes. 

Todas as noites oro por minha filhinha. Peço-lhe proteção divina. 

Tenho um rastro de sangue atrás de mim e uma origem genética confusa, muito confusa. Ainda ontem, conversava com o Dr. Mauro Burmann, sócio-proprietário do laboratório Tuiuti Guerra, bioquímico, explicava-me aspectos dos traços genéticos a luz da modernidade tecnológica já disponível em nossa cidade. 

Já li muito sobre o genes da velhice e da inteligência em nosso código genético. Agora, custo a entender como se dá a transmissão de valores tais como o que descrevi nessa postagem. 


Eu guardo as coisas dentro de mim. Sei bem que é quem. Sei que tudo tem sua hora. 

Todas as tardes eu choro, finais de tarde, cair da tarde, início de noite, eu choro, choro a falta de Nina. É choro quieto, sufocado, guardado em algum lugar dentro de mim. 

Sei exatamente o que aconteceu comigo, o escárnio a que fui submetido, mas também sei que é preciso calar, sufocar a dor e seguir em frente. 







Cenas de vidas, registros dos que se foram, registros sem retorno, registros que permanecem

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Nima e seu papai.
Em nossa casa, antes dela completar dois anos, brincando tomar chazinho
Ensaiando no quadro, com gis
Em nossa casa, preparativos para festa da aniversário da URI
Anos atrás, amigos e amizade que permanece
Com o Reitor da URI, Spinelli
Comendo iscas de peixes com o prefeito Júlio Ruivo, madrugada no União, planos traçados.
Na mesma reunião, Lizi, eu e Ruivo
Júlio, eu e Nina, o amigo Luciano e o empresário rural Vendrúsculo
Nina e seu pais
Eu, Júlio Ruivo e Marcos Peixoto.
Meu estimado amigo de sempre Ruderson Mesquita
Eu, Ruderson e Marcos, amizades que permanecem
Guilherme, eu e Ruderson. Planos para dominar Santiago rsrsrsrsrsrsrsrsrs
Nina mordendo a mão do nosso cachorro, Tigre
Eu e o amigo Ruderson
Nina, dois anos e engajamento político-partidário
Nina, acompanha os discursos, num comício do PP
Pintando seus quadros aos 2 anos e meio, em nossa casa .... que foi para os ares.
Formado em Direito há muitos anos, com a carteira da OAB, início de uma carreira errada, onde nunca deveria ter iniciado
Nina decidi morder o braço do Prefeito Júlio Ruivo...ela já era Guilherme nessa época 
Amor e gratidão. Amor eterno
Chicão, eterno amigo, na tarde que antecedeu sua passagem para a Eternidade. A última cena
Nina nas lidas campeiras com sua mãe. Cenas sem retorno
Com seu tablet, em nossa casa
Com nove meses, bebezinha do papai. 
Um ano e meio, aprendendo a escrever ... ou riscar
Nina quando veio ao mundo, ante o olhar de sua mãe. Cena complexa demais
Nina com uma hora de vida
Nina, com 1 ano
Totó, nosso cachorrinho, em sua cama, com travesseiro
Nina, desenhando. Um ano
Aprendendo a digitar, um ano de 4 meses. 
Nina, 1 ano e 10 meses, em reunião na câmara...botando a língua para o vereador Bassin. Ela já nasceu contra os tucanos
Fofura, um ano
No Escritório Gessinger, do Desembargador Ruy Gessinger, em Porto Alegre. Essa é mesa de trabalho do Dr. Ruy. Pose eterna. Quando ela for juíza, vai se lembrar dessa foto ao vascullar os arquivos do papito dela.
Nina, Ruy Gessinger e Eliziane. Na casa ILE DE FRANCE, na Expointer, em Esterio
Na Expointer, encantada com os livros.
Na Escola Estadual Júlio Prates, na cidade de Júlio de Castilhos, onde moram meus tios e primos.
Lindeza
A dor de uma mãe. Despedida de Chicão.
Aqui surge o Personagem Tiago Gorski, carregando o corpo do seu tio Chicão
Ensaiando as primeira andanças em sua égua preferida
Pescando no açude do tio Wagner Damian
Sempre apaixonada por computadores
Em nossa casa, na mesa de jantar, ao fundo a nossa biblioteca. Seriedade para a foto. 
Adeus seriedade. Tudo era festa e felicidade para ela. 
Retorno as aulas, na Escola da URI. Onde ingressou com 2 anos e meio.
Amansando o ponei
Em Jaguari, Igreja que ela jura ser um castelo
Saindo da rádio Verdes Pampas, junho de 2013. 3 anos. 
Chicão. Amizade eterna. 
Nina, com seus coleguinhas da URI
Apresentação de teatro, na Escola da URI, aqui sua vida era só sorrisos e alegrias
Festinha de 3 anos, com seus coleguinhas da URI
Nina e Helena, colegas de aula
Cenas imnrtal: com o papai no dia do seu aniversário
Nina e sua mãe
Nina com duas matrizes ILE DE FRANCE, presente da Cabanha Gessinger para ela. 
Prefeito Ruivo, Nina e seu papai, cenas do meu penúltimo aniversário
Nina, papai e Ruderson Mesquita
Amor eterno amor
Um abraço inesquecível, há um mês longe de nossa casa, esse gesto dela traduz muito quando se jogou em mim após os parabéns
Meu amigo Marcos Peixoto
Comandante de Brigada esteve em meu aniversário representando seus comandados, Coronel Ney, figura humana excepcional. 
Nina e sua professora Larissa, amor eterno. Larissa é uma dessas pessoas de um coração bom, vocacionadas para o bem, servir os desprotegidos e abrigar os infantis.
Sem palavras. Era o começo de um tormento que não teve mais fim
Nina fala na Rádio Itu
Esse é um anjo de verdade. Uma anja. 
No Escritório do papai, ela adorava dormir na cadeira ...
Nina e sua priminha Mariana, filha do meu sobrinho Dr. Rodolfo Prates Daiman e da Dra. Renata Gorski, sua esposa
Essa é uma amiga nossa.
Seu sorriso mudou um pouco...
Nina, no sofá da Dra. Karine Peixoto.
Nina e Marquinhos Peixoto, uma amizade tão bonita, que subsistiu ao tempo. Ainda ontem ele queria de Nina. 
Karine Peixoto, Nina e eu
Doce Karine ... 
Batatas fritas no Bodega
Meu escritório antes do Shopping
Impressiona o amor de Nina por Larissa
Foto e arte: KA.
Registros de saudades.
Uma cena doída
O protesto silencioso e significativo. 
Dra. Karine Peixoto, minha eterna noiva, foi, deixou de ser e continua sendo


Psiquiatria, arte, criatividade, expressão e loucura.

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Karine Peixoto e Renata Medeiros, duas mulheres, duas amigas, duas filhas de médicos, ambos os pais de Renata são médicos, e ambas disseram-me coisas fabulosas nesse interregno feminístico e seus reinos encantados. 

Artista Plástica Renata Medeiros é genial. Karine Peixoto, médica, não menos genial. Ambas formadas, bem formadas, em Universidades Federais, ambas nata da nossa elite. Pessoas extremamente cultas, eruditas, com tempo e dinheiro para dedicarem-se às artes, ambas tocam piano clássico, conhecem literatura, pintura, escultura, dança e música. Sempre ouvi uma falar bem da outra. 

A Karine só vê virtudes em Renata, e Renata acha Karine um poço de virtudes. Nunca tinha visto coisa igual. Essas são amigas mesmo. E eu fiz minha parte: tratei de uni-las, outra vez, eis que separadas, no máximo, curtiam uma foto no facebook da outra. 


Um dia, jantando, Karine me disse que a Renata era a pessoa mais parecida comigo que existe nesse mundo. Lembro-me bem: “Júlio, tu e a Renata, se fossem irmãos, não seriam tão parecidos, vcs são uma cópia um do outro”. Fiquei pensando. 


- Como assim. A Renata não lê o que eu leio, não escreve o que escrevo e nem vive como eu vivo? Ademais, somos de origens muito diferentes. Eu sou filho das ruas e vivo no mundo, embaixo dos céus do senhor. 

Karine completou, então:

- Ela pensa como tu, age com tu. Diz o que pensa como tu. Não leva ninguém para compadre. É teu xerox, claro, ela nasceu antes de ti. Não te esquece, nós somos bem mais novas que tu.  

Mas, levo em consideração, ao valorar o juízo da Dra. Karine, que ela é uma psiquiatra, muito bem formada, por uma universidade federal, pós graduada pela UFRGS, oficiala da aeronáutica e do exército, tem vivência e formação acadêmica para ninguém botar defeito. Mas, contudo, ela é amiga da Renata desde muito cedo, foram crias no colégio Medianeira, são amigas até hoje. Respeitosas amigas. Conhece, portanto, Renata. E a mim, é óbvio, ela me conhece e me conhece bem. Acho que conhece. 


Eu falava com as duas, mas não sabia que elas falavam entre si. Aliás, sei que não se falavam. Agora, sei que se falam. Essa noite eu fiquei sabendo. 

O que eu falo com uma, não falo com a outra. Mas Renata me disse que eu fui o único homem que Karine amou e completou: “e ainda ama”.


Roger Garaudy começou a represtinar. Isso é segredo e eu não posso contar, mas Renata decidiu fazer um desses testes do facebook para ver quem mais se parecia com ela nesse mundo. Bingo. Apareceu eu. Ela não se segurou, botou tudo em PDF e mandou-me.


Eu respondi:


- Viu, a Karine tava certa.


E Renata respondeu-me:


- Eu também to  certa.



É claro, eu não sou só advogado, aliás, nem sei ao certo o que é ser Advogado, acho que é botar um terno, uma gravata e uma bolsa e chamar os juízes de Alteza. Ademais, advogados não usam botinas. Mas usam canetas diferentes, celulares ...desses, tipo aquele que o Ruy me deu um. Mas, não adianta, eu não levo jeito. Sou mesmo um jornalista. Jornalista descobre as coisas. 

Nessa noite, 2.40 da manhã, toca meu telefone. 

Era a Karine. 

Setembro: de Renata Medeiros
Toda formal, começou se explicando que só queria saber como eu estava, perguntou se não estava atrapalhando nada (imaginem se estivesse dormindo com outra mulher), ao que respondi: não Ka, estava lendo o provérbios de Salomão, capitulo 1.

Então ela me explica que queria saber notícias minhas e da Nina. E vai ao ponto: "eu só sei notícias tuas por intermédio da Renatinha".

Tive que rir. Meu escritório fica a duas quadras da casa dela. Renata mora em Caxias do Sul.

- Estranho, tu me disse que vocês não se falavam mais. 

- É. No dia do teu aniversário ela me disse que tava preocupada contigo.

- Daí eu disse, olha Renata, eu to toda bloqueada, ele me bloqueou no face, no whatss, até o número do celular. Não tenho como falar com ele. 

- Eu também to bloqueada. Ele me desativou. 

É verdade, às vezes eu brigo com meus amigos e amigas. 

Karine é anjo. Eu queria ter aquele programa da VIVO para ganhar bônus por tempo de ligação recebidas. Ficou um pouco mais de duas horas no telefone. 

- E aí tem falado com a Renata?

- Não. To de mal com a Renata. Ela me saiu com uma: li o post que escreveu sobre a linda Viero. Lindo. Tu és um Deus quando fala em meninas. 

- Só que aí, Karine, eu falei em hedonismo. Mas ela me saiu com uma palavra complicada. Depois ela disse que foi expressão mal empregada. 

Aí a Karine retruca:

- Ela sabe quem tu é. 

- Como assim, quem eu sou. 

- Hoje eu perguntei de ti para ela e ela me disse que andava atrás de um amor. 

- Eu nem falei mais a Renata. To triste com ela. 

- É, mas tu não é santo.

- Olha, Karine, posso não ser santo, mas hoje é sexta-feira, 3 horas da manhã, eu sai do meu escritório as 2 horas, recém cheguei, duvido que alguém me diga que me viu numa boate, num bar ou com outra mulher. Tu jamais vai me ver enfiado numa boate, bailão ...   

- É, tu é apaixonado pela Eliziane. Tu sabe disso.

- Puxa, tu vem me dizer isso essa hora. 

- Claro que é.

- Karine, a única paixão minha tu sabe quem é?

- QUEM?

- A Nina. 

Então Karine explica que me sepultou. Fez minha missa de sétimo dia e que estou enterrado. Ela me parece irritada com minhas sessões de psicologia, mas, decidiu me desenterrar nessa madrugada. 

Eu tenho que ficar lendo as subjetividades dessas psiquiatras. Minha psicóloga fala em luto. 

Luto, isso. Eu perdi minha família, casa, esposa e filha. Só pode ser luto. Ela está certa. 

Se eu fosse um cara sem sentimentos, já teria arrumado outras; mas, não. Eu sou fiel a Karine e aos meus instintos. Ela compreende isso. 

Por isso, vivo sozinho. Permanentemente sozinho. 

Vou deixar o tempo rolar. Qualquer noite, quando eu menos esperar, ela me liga. Por enquanto, vai saber notícias minhas pela Renata, não que fale assim com a Renata, é que a Renata lê os blogs de Santiago e fica bem informada. Ela sabe do meu humor, pelo blog, e assim infere como eu estou. 

Qualquer dia eu paro com esse blog e aí quero ver ... 

O mais, é Arte. Para não me afogar na realidade. 



O ARCANO SEM NOMES OU SOMBRA DE SETEMBRO NEGRO?

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Longe de ser exotérico, longe de ser místico, defino-me como um curioso. Por isso, leio e estudo tanto quanto posso. Conheço alguns tarots e sei bem o significado simbólico de uma ou de outra carta. 

Nessa semana, fiquei impressionado com as revelações da leitura que faço para mim mesmo. Por cinco dias consecutivos as transmutações indicam morte. Traduzindo: alguma coisa muito diferente vai acontecer. Ou eu vou morrer, ou alguém muito próximo a mim vai morrer, ou alguma coisa muito complicada vai ter um fim para dar outro início. Não sei o que é, não tive alcance. Pela primeira vez, desde que aprendi a ler e a manusear o tarot, estou numa sinuca de bico. 

Encerrado em meu quarto, essa noite, quando Karine me ligou, alta madrugada, eu lia a Bíblia, lia o capítulo 1 de Provérbios de Salomão. No mesmo momento em que o telefone suava, preparei-me para o pior.É o anúncio. Que merda; pensei.

Mas não era. Era a Ka, divertida e alegre. 

De qualquer forma, tem alguma coisa muito errada no ar ou com o que estou envolvido. Tenho usado todas minhas energias para tentar decifrar o enigma, mas não consigo pegar o fio de meada. É tudo muito estranho. 

Claro, a morte é além do corte epistemológico da vida. Ela em si, mesmo que não queiramos, enseja um recomeço. Acho que quem vai, ou vai o breu, talvez para o mundo das almas, se houver reencarnação, ou para o céu, se for bonzinho. O breu e o nada, embora mais convincentes, ensejam respostas que nunca teremos. De qualquer forma, quem vai deixa lacunas para os que ficam e isso enseja mudanças, muitas, bruscas. 

A questão toda, que me faz ficar impressionado, é a coincidência de obter o mesmo resultado 5 vezes seguidas, em 5 dias consecutivos. Não jogo em loterias, nunca joguei, não espero nada além do que tenho, sou muito feliz com minha condição financeira pessoal, adoro o lugar onde durmo, adoro o carro que ando, adoro meu computador, adoro meu escritório, adoro meu banheiro, adoro a comida que como, não lamento o que perdi, embora tenha consciência de tudo, exceto a falta de minha filhinha, a única coisa que me dói e me faz incompleto.

Queria apenas viver um pouco com ela e ajudar sua formação para a vida e o mundo. Isso já dou como perdido, faz dois anos, em seis de sua vida, que virou um caos e nem alimento mais sonhos de viver ao seu lado, tais os contornos dramáticos que tudo tomou. 

Sinto que, mesmo a distancia, nesses dois anos, o meu amor permanece o mesmo. É um sentimento forte, bonito, lindo, não sei descrever. É minha única dor: a falta ou a ausência de convívio com ela. 

Então, queridos leitores e leitoras, não sei o que o arcano sem nome, ou a carta da morte, quer me dizer. Também, não estou assustado. Eu tenho que morrer, ou morrer, isso eu sei. Se for comigo, que seja. Agora, se for com outras pessoas próximas a mim, aí sim me preocupa. 

Nunca o mesmo arcano se repetiu 5 vezes em minha vida, na sequência indicativa das combinações de leituras e releituras. 

Por outro lado, sempre temo o mês de setembro, mais do qualquer outro. É conhecido na história como setembro negro, o atentato de Munique contra delegação de desportistas de Israel, o atentado checheno matando centenas de crianças em escola russa, o 11 de setembro do WTC, o atentado no cáucaso, o mega incêndio no estádio de  futebol inglês Valley Parede... Lembra atentados horríveis, tragédias, mortes inesperadas ... setembro é um mês caótico. Mas justamente por isso é o mês das flores. É claro, tragédias acontecem em qualquer mês. Agosto, também é um mês horrível. De repente, não tem nada a ver. É tudo coincidência.

Só que também nunca gostei de semanas farroupilhas. É uma contradição, sou gaúcho. Agora, tenho pavor dessas bebedeiras de CTGs, isso não tem nada a ver com cultura e tradição. Existe uma apologia à comilança e à beberagem. Aí vem os acidentes, brigas, tragédias. 

Afora tudo isso, foi no mês de setembro que a Eliziane engravidou da Nina. 

Sou traumatizado com estradas e acidentes. Com razão. Várias vezes a morte me namorou, quase chegou as vias de fato com minha vida. Então ... Estou na espera. Que o esperar não seja eterno. Eterno. Uns falam em Deus, outros em Grande Arquiteto do Universo, Alá, sei lá, os cabalistas preferem o Eterno. 




Em um relacionamento sério

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Tenho 5 amigos, 3 amigas e dois  amigos, em menos de 48 anunciaram que estão em relacionamentos sérios. Porém, nenhum deles diz com quem. Nem a minha xará Júlia Vielmo diz com quem.

Eu fiz uma dessas meses atrás. 

Só uma amiguinha minha, a Gabi, matou a xarada. Ela botou um comentário: Júlio Prates em relacionamento sério consigo mesmo. Ela tinha razão. 

É bom. Aumenta o mistério e se não for verdade, fica como se fosse. Se for, fica sendo mesmo. 


A ARTE DE FAZER ESCOLA

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Eu tenho um amigo, o Luciano Cardoso Viera, meu amigo mesmo, um grande amigo. Ele passa me dizendo que o Tiago é quem segue melhor meu livro. E ainda brinca: o Tiago segue a risca

O Guilherme faz tudo ao contrário do que tu ensina, brinca ele, referindo-se ao meu livro A ARTE DE ENGANAR O POVO. 

E não é que hoje, revendo velhas fotos, fotos alegres e fotos tristes, como a cobertura dos atos fúnebres no nosso amigo Chicão, encontrei essa foto do Tiago. 

Logo fui na página 44 do meu livro, capítulo, COMO SE COMPORTAR NUM VELÓRIO. E lá encontrei a seguinte frase: "Segurar a alça do caixão é o ápice para um político".

É claro, eu sei que o caso do Tiago foi pura coincidência. Ele nem sonhava em entrar para política, muito menos concorrer a Prefeito. Ele estava ali pelo amor e carinho que tinha pelo Chicão. Pelo sim, pelo não, até nisso está dando certo e sorte em sua vida. 

Chicão era uma dessas almas santas. Uma pessoa bondosa, despreendida, um coração bom, sei que foi direto para o céu, se existe céu. Se não existe, ele deve estar olhando a sucessão e imaginando com seus botões: como é que pode? 

- O Guilherme e o Tiago, puta merda. E o Júlio no meio. Como sempre. 

Aliás, eu fico com raiva do Bianchini, ele começa a conversar comigo e logo vem bomba: ouviu Júlio Ruivo. Aí eu corto: Bianchini, acorda, eu sou o Júlio Prates, acorda. 

- Desculpa, Júlio, eu sempre troco. Quando vou falar com o Ruivo, acho que é o Prates. Agora, tu ... 

Renúncia

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Eu não sei exatamente o que o Poder Judiciário vai decidir. Mas havia um tormento na doce relação minha com minha filha. Para evitar sofrimentos maiores, tomei a decisão mais doída de minha vida. 

Eu falo, brevemente, com ela ao telefone. Nunca mais a vi. Acho que ela sabe que não mais a verei. Falou-me em me mandar umas mandiocas. Eu falei que sonhava em um dia jantar com ela. Ela me disse que talvez isso não seja mais possível. Ela é linda e inteligente. Mas sua infância precisa ser poupada. 

A renúncia é um ato de amor. No nosso caso, estava tudo impraticável. Sementes de ódios para todos os lados. Um sofrimento sem fim. Sei que para mim, não vai cessar. Não sei como ela vai administrar tudo. 

A decisão foi tomada dia 13 de agosto. 

Seja lá o que for, Deus está no comando da situação. Espero, enquanto isso planejo lindos sonhos. Vivo apenas o dia para a noite. 

Espero. Nesse mundo em que o perfeito não tem vida...

Cláudio Cardoso e sua Igreja maculam a campanha do PP e podem até atrai a ira de Deus

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Outro dia o Tiago me disse que o Cláudio Cardoso era muito magoado comigo, pois ele sempre me ajudou em orações e sempre foi muito meu amigo, o que é verdade. 

Não nego isso.

Contudo, a análise que fiz do uso indevido do nome de Deus, da ação social evangélica manipulatória, disso não retiro uma linha e não me arrependo um palmo. E vou mais além na crítica.

O PP está num zona de estabilidade. O que é a gente precisa dizer. Tiago faz uma campanha estável, é bastante propositivo, não está jogando sujo, defende a administração, enfim, Tiago me surpreende. 

Agora, a malversação com a Palavra de Deus, o uso escancarado a Igreja Missionária, isso é escândalo aos olhos de quem pensa e enxerga um pouquinho mais além do óbvio.

O Programa de Rádio, hoje, da Igreja Missionária, cheio de truques e malandragens subliminares, é escandaloso. Não fosse a oposição burra, mesmo com Guilherme, continua burra, a denúncia já deveria estar no Ministério Público. 

Irmãos da Missões, irmão ... Lacerda, agora vamos ler Tiago ... nossa campanha segue ... vamos ler Tiago. 


Meus Deus, o PP não precisa disso. As pessoas da sociedade que escutam isso, que não são bobas, percebem a extensão da manipulação. Isso pode até se voltar contra o PP, o que seria o maior erro eleitoral de todos os tempos. E não se falando que essa gente, metida a malandra, usando o nome de Deus e do livro de Tiago, do corpo bíblico, pode até atrair a ira de Deus e aí os inocentes, os decentes do PP, grandes amigos meus são do PP,  vão pagar pelas blasfêmias que essa seita, que usa o evangelho de Cristo e manipula com o nome de Deus, estão fazendo sem nenhum pudor. 

Será que esses imbecis acham que todo mundo em Santiago é tonto e tolo? Será que todos os evangélicos de Santiago aceitam isso? Esse uso escancarado e indevido do nome de Deus e de profetas e apóstolos do corpo bíblico? E os católicos de Santiago, sempre muito éticos, o que pensam disso? 

Será que só sou eu quem vejo a maldade  na manipulação midiática usando uma estrutura privada de um programa de rádio de uma igreja? 

Como advogado eu vou mais longe: esse programa tinha que ser tirado do ar e a emissora também deveria responder pela manipulação eleitoral. A sorte do PP, sempre foi, que na oposição ninguém enxerga isso e os que enxergam não sabem usar o Direito e a Lei. 

Sinceramente, do fundo do meu coração, eu gosto do Tiago e ele não merecia um vice como o Cláudio. Cláudio é um falso profeta, é um homem perigoso, usa o nome de Deus para tirar proveito eleitoral, explora a fé e o sentimento de religiosidade das pessoas. 

Esse programa de rádio da Igreja, que foi ao ar, hoje, é o exemplo mais consistente do que afirmo. Elas são orientadas por ELE. Não se falando na subliminaridade que grassa: hoje ELE está no meio de nós. Os babacas, manipulados, manipuláveis, sabem que ELE está sentado ali num banquinho. ELE não é Deus, não é Jesus, ELE é Cláudio Cardoso. Os relatos que chegam na sociedade são assustadores. 

Meditem nas palavras do Padre Marcelo Rossi: 


Eu sou totalmente contra, seja padre ou pastor. Está errado. Ou você é um líder religioso, ou você é um líder político. Pode colocar minhas palavras: "Nunca vote em nenhuma pessoa religiosa". A Igreja Católica viveu isso, a união de Estado, política e religião. Foi a pior fase. Pode ver que a Igreja Católica é a única que não tem candidato. Ela pode até dizer que gosta, mas nunca indica. Eu tenho medo. A pior coisa é fanático. Fuja dessas pessoas, que são as mais perigosas e as que se corrompem mais facilmente".


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Aliás, pelo que andei sabendo esses pastores estão dando show mesmo. Tem um que alugou uma sigla e está na coligação, essa do Guilherme. Só que, burlando até lei eleitoral, faz campanha só dele, da proporcional. Eles acham que os fins justificam os meios. 

Ser esquerda ou ser direta, hoje, no Brasil. Intervenção por todos os lados. Análise 1

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Vivo grandes contradições em minha vida. Contradições em si, e contradições pelo entendimento que adquiri da política, da economia, das religiões...


Fui forjado dentro da esquerda. Toda a base e formação que tive, particularmente no campo das ciências sociais, tem origem no campo da esquerda.


É muito raro um pensador mais destacado, seja do país que for, que esteja envolvido com as ciências sociais e humanas, que seja meu desconhecido. Leio desde 15 anos essa linha de pensamento.


Como brasileiro, penso no meu país. Votei em Dilma pela política social e também votei em Lula. Agora, longe de dizer que sou petista e concordo com o petismo. Pelo contrário.


O PT apossou-se da máquina pública e sempre governou para as corporações. Esse pensamento petista de Estado tentacular, uma república de servidores públicos, não me convence há muito tempo. Acho que o Estado tem que ter um limite, definir a essencialidade, existem serviços públicos que são essenciais. Agora, daí achar que todo o serviço público é essencial, vai um abismo.


Por outro lado, no Brasil, ser de esquerda, hoje, é fomentar e defender tudo que é cabide de emprego público. Pesquisa, toda ela fomentada com recursos públicos, 90% inutilidade. Artistas, fomentados com recursos públicos, artista chapa branca. Vergonha.


A esquerdização da vida em sociedade é horrível. O Estado fomentando a alienação parental, o Estado intervindo na vida privada, o Estado incentivando práticas homoeróticas, o Estado fomentando o homossexualismo, o Estado combatendo a família tradicional e incentivando a prostituição de mães de famílias, escudadas atrás de leis ridículas...isso tudo é intolerável. Mas é essa mesma visão que entende que todos os cabides públicos de empregos devem ser incentivados e mantidos. Eu não concordo com esse empreguismo no setor público. Concordo com devam existir serviços públicos enxutos, sérios, carreiras de Estado, e o mais tudo deve ser privatizado. Só a cidade de Porto Alegre tem mais funcionários públicos que a França. Isso é piada. Somos literalmente uma república de servidores públicos.


Eu noto que esse discurso de esquerda apenas quer mais e mais para si e para os servidores públicos. Mas o Estado não é um ente abstrato. O Estado tem um Caixa, com ingressos de receitas e despesas. Um Estado não pode gastar mais do que arrecada.


Ao querer tudo para os servidores públicos, de um modo em geral, o discurso de esquerda, no Brasil, seja com a liberação dos costumes relativamente à família, seja com uma pauta extensa de reivindicações somente para os setores classistas das corporações de servidores públicos, ignora que para manter essa máquina gigantesca de mamadores alguém precisa trabalhar. E é justamente o setor produtivo do país, os empreendedores, quem são os mais penalizados, em tudo, com leis draconianas ambientais, com leis draconianas tributárias, trabalhistas, com leis draconianas de intervenção na vida pessoal. Exemplo, o Estado não oferta segurança e nem garantia aos cidadãos e esse mesmo Estado não permite que o cidadão use uma arma para defender a si e sua família.


É claro que tudo está errado no Brasil e uma revolução é mais do que preciso. Agora, revolução com quem?


Com esses poraloucas dos punks, skiners? Com a UNE manipulada até o último fio de cabelo? Com o movimento sindical, um bando de mamadores, aproveitadores, verdadeiras máfias? A grande verdade é que a sociedade civil brasileira não tem mais referências.


Falam muito nos militares e na ética dos militares. Eu concordo em muita coisa com esse discurso e vou mais longe, se existe uma força nesse país, capaz de promover um golpe de Estado, pela força, e botar a casa em ordem, são os militares.


Agora, o problema todo é que os militares são tão intervencionistas na economia quanto à esquerda petista. É até um contrasenso falar em militarismo como sinônimo de Estado mínimo. A direita, no Brasil, é tão ou mais interventora que a esquerda. A concepção de direita, em nosso país, é tão cega quanto à esquerda. Até acho que os militares são mais honestos e mais decentes que esse bando de ladrões que aí está. O problema é manter um Estado militarizado. A intervenção na economia e o sufuco tributário seria talvez até pior que a república de funcionários públicos e ladrões dos dias atuais.


Ao refletir sobre essas questões, logo vem o rótulo. Liberal, neoliberal.


Eu trabalhei 10 anos dentro da secretaria estadual da fazenda e sei bem como é o pensamento da elite superior que controla o aparelho do Estado, por dentro, desde auditores e fiscais da SEFAZ, até promotores, oficiais superiores da BM, professores universitários ... eles se acham donos do Estado. Sem se preocuparem com quem vai gerir os recursos que os mantém, pois para manter essa máquina pesada, alguém precisa trabalhar e esse alguém é o setor produtivo, o setor mais penalizado e mais castigado no atual estágio das forças produtivas. E nem estou falando na justiça do trabalho, que atrasa a país e mantém uma estrutura tentacular sobre os empresários e empreendedores, pois a ideologia da justiça do trabalho é e sempre foi uma ideologia esquerdista, maniqueísta, pois parte do pressuposto que o empregador é sempre errado e o empregado sempre o certo. A justiça do trabalho tem que ser extinta pura e simplesmente. 


Vou seguir minha reflexão no meio desse dilema: esquerda e direita no Brasil são interventores na economia, ambas defendem um Estado tentacular, e ambas ignoram que para manutenção do status quo de suas elites é necessário o desenvolvimento das forças produtivas, que – hoje – estão gessadas por draconianas leis tributárias, ambientais e por aí afora. Um produtor rural não pode nem ter uma espingarda para matar um gavião. Corre o risco de ser preso. (amanhã eu sigo).


Viva. Voltei a ter mais leitores diários no Brasil que nos EEUU

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BRASIL DOMINADO

Da pesquisa INDEX, considerações críticas

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Diversas pessoas, muitas mesmo, pediram-me opinião sobre a recente Pesquisa do Instituto INDEX, publicada pelo Jornal Expresso Ilustrado.

Primeiramente, quero ressaltar a lisura do Jornal, isso para mim é inquestionável, o mesmo não posso dizer do Instituto. Mas uma coisa é o Jornal e outra coisa é o Instituto. 

Quando eu concorri, lembro-me bem da Pesquisa INDEX. Coincidentemente, o BUENO arrancou com os mesmos 3.3% que eu. Mas isso é coincidência. 

Segundo, à época, escrevi em meu blog que a Pesquisa continha um grave erro, pois nas Pesquisas que eu mesmo fazia VULMAR LEITE (PSDB) aparecia sempre em segundo lugar. E Sandro, em terceiro. Não sei - até hoje - como esse Instituto Index chegou nesse resultado de dar 23% para Sandro e 12% para Vulmar. O resultado real todos sabem, foi exatamente o contrário. Um erro grasso. 

Terceiro, nessa Pesquisa recentemente publicada, sem tocar em resultados, por questões éticas, mas é a primeira pesquisa que vejo em minha vida que não tem nenhum voto branco e nenhum voto nulo. Tenho feito Pesquisas em Santiago e o montante de eleitores que declaram que votarão em branco ou que anularão o voto está na casa dos 20%. Impossível que a pesquisa não tenha identificado isso. Impossível mesmo.

Por outro lado, o contingente de indecisos, hoje, está na faixa dos 25% a 30%. A Pesquisa Index, afora não ter nenhum voto branco e nenhum voto nulo, é o que é de uma temeridade impressionante, também não aponta o contingente de indecisos, pois o NR (não respondeu) não quer dizer indecisos, nem brancos e nem nulos. NR são aquelas pessoas, que, abordadas, preferem não responder, o que é bem diferente de indecisos, de brancos e de nulos.

Logo, concluo, com facilidade, que essa Pesquisa contém grave erro, embora não discorde que Tiago esteja na frente.

Por outro lado, apenas constatando questões operacionais. Eu conheço Santiago, bairro por bairro, conheço as densidades populacionais, assim como conheço a divisão do interior e suas respectivas densidades populacionais. 

A última pesquisa que eu fiz, para colher amostras no interior, já que a metodologia é quantitativa (embora isso não seja citado) com um carro, com motorista,  e dois entrevistadores, abrindo porteira, falando, se apresentando .... levamos exatos 3 dias. O Deon que nos locou os carros está de prova.  

Já a Pesquisa para contemplar a cidade, quantitativamente falando, implica em tomar amostras nos 32 bairros de Santiago, sob pena de grave erro. Se fosse qualitativa, seria diferente. Faço uma Pesquisa qualitativa em Santiago com 100 entrevistados e duvido que erre. 

Eu sei exatamente os bairros onde o PP dominada e reina absoluto e sei exatamente os bairros onde Guilherme ganha. É claro que é preciso uma média aritmética ponderada levando em consideração a densidade populacional de cada bairro. Assim se o Centro, que tem 8 mil habitantes, a mesma proporção de amostras não pode ser tomada no Bairro Itu, com 2 mil e poucos, (onde o PP ganha fácil). 

O mesmo raciocínio de proporcionalidade vale para o interior, que responde por 8.2% da população de Santiago. Logo, 800 entrevistas na cidade, equivalem a 64 ou 65 entrevistas no interior. Cada eleitor votante é um entrevistado. E mesmo no interior, existem discrepâncias populacionais enormes, é só cotejar Tupantuba com Florida ou Ernesto Alves. 

Eu olhei todo o material que me foi disponibilizado, desde o disco, valor pago, enfim tudo. Honestamente, eu acho muito difícil um Instituto deslocar equipes para Santiago, vindas de Porto Alegre, e aplicarem 800 questionários em apenas dois dias. Não sei quantos entrevistadores vieram de Porto Alegre a Santiago, nem sei quem foram os coordenadores de campo, nem sei nada sobre a logística empregada. Agora, no parecer que dei, por escrito, a pedido, achei que o Jornal Expresso Ilustrado fez um grande negócio, um grande negócio mesmo, pois consta na documentação entregue a Justiça Eleitoral que o Instituto Index cobrou pela pesquisa R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais).

É claro, concorrência é concorrência. Em 1996, nós cobrávamos por uma Pesquisa bem feita, algo em torno de 10 mil reais. Casualmente, eu tenho uma conversa ainda toda gravada em meu facebook quando me falaram nos valores do Mhetodos e do Index. Mas isso faz bem uns 40 dias atrás. Mas, enfim, capitalismo é isso. 

Sempre gosto de falar em Pesquisas. Lembro-me das aulas de sociologia, introdução à Pesquisa, Pesquisa I, Pesquisa II ... Dinâmica Populacional, População e Desenvolvimento, Demografia .... lembro-me também, das aulas de estatísticas, não entendia porque os sociólogos deveriam dominar coeficiente de variabilidade, desvio padrão, intervalo de confiança, margem de erro ... Hoje, eu entendo melhor. 

Fui e continuo sendo o único santiaguense com formação específica em Sociologia/Pesquisas. Esses colegas novos, desses novos currículos EADs, me parecem que não têm essa opção de se voltarem para as pesquisas, como nós tínhamos nos idos dos anos 80. 

É sempre bom relembrar. De um lado, não se perde a prática, de outro, não se envelhece nunca. Mesmo advogado, nunca deixei de ser um pouco sociólogo, um pouco jornalista, por isso mesmo, sou um pouquinho advogado. 

Bryan Adams - Have You Ever Really Loved A Woman? - Ao vivo - Legendado

Lucas Figueira, REDE, ataca postura tendenciosa do Pastor Dinísio Costa

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Prezado Pastor Dionísio da Costa, gostaria de fazer menção da celebre frase de um Pastor Revolucionário, o qual enraizou seu nome nos anais da história devido sua conduta irrepreensível, seu alto padrão ético e sua incansável luta pelos desamparados: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons” – Martin Luther King.

Hoje presenciamos uma cena no desfile comemorativo ao “Dia da Independência”, que confesso, procurei vários motivos para justificar e não encontrei. Como, um pastor, líder de uma tradicional denominação religiosa, que tem hoje 6 candidatos ao cargo de Vereador, que afirmou por inúmeras vezes a independência e a imparcialidade da Igreja com relação a seus membros candidatos, convida/permite que “UM” candidato desfile em local de destaque? Como entender que não se trata de uma atitude tendenciosa, e que não se trata de um mecanismo de indução sugestiva, se o referido membro não é componente da Banda Cânticos de Vitória ou mesmo ocupa função na Diretoria da Igreja?

Por muito tempo, temos observado atitudes incompatíveis com a ética e com o caráter de genuínos cristãos no ceio da igreja, no entanto permanecíamos no campo da observação, até a dia de hoje!

Lia um tempo atrás, em um dos Best Seller livros de Napoleon Hill, que dissertava sobre a Regra de Ouro que todas as pessoas que anseiam fazer a diferença na humanidade deveriam seguir: “Faça aos outros aquilo que você desejaria que fizessem para você” traduzindo para a esfera cristã, encontramos semelhança com a Lei da Semeadora “Aquilo que nós plantarmos, também colheremos” ou ainda no campo da metafísica “Lei da causa e do efeito/Ação e Reação”.

Ainda sou membro desta denominação evangélica, ainda faço parte da Diretoria, e amanhã protocolarei solicitação de cópia do Estatuto da Igreja para que possamos estar a par dos Deveres e Obrigações de todos os que fazem parte desse corpo.

Peço que reavalie o perigo iminente da mistura Igreja/Governo/Política, pois a Igreja Católica Apostólica Romana, tomou atitudes semelhantes que quase lhe custaram a extinção!

Não ficarei mais em silêncio!

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