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Channel: JÚLIO PRATES
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Uma cidade educadora com péssimos resultados acadêmicos, assim é Santiago, da aparência em detrimento da essência

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Como não sou filiado a Partido Político, não sou candidato a nada, exceto a ser um bom pai de minha filhinha, posso me vangloriar das repercussões de minhas postagens. Assim foi nessa segunda-feira, desde que divulguei o nó górdio do curso de direito da URI. 

Não sei quantas ligações recebi, cargas de e-mails, uma repercussão que chega a assustar. Os alunos, em sua maioria, são pessoas boas, decentes, gente de boa índole, eles apenas confiam na Instituição, que - ao invés de traçar um diagnóstico sério e sincero, objetivando descobrir onde está o impasse dos sucessivos insucessos, está sempre culpando os alunos pelos péssimos desempenhos. 

Estou alertando que se o quadro era ruim, pior vai ficar com o resultado do último exame de ordem. Em Santiago, foram aprovados apenas 4 candidatos no exame de ordem, primeira fase. 

Conseguimos a incrível façanha de termos o segundo pior desempenho do país, sendo que aparecemos apenas na frente de Santana do Livramento, que aprovou apenas dois no referido exame de ordem. O terceiro pior desempenho foi da cidade de Redenção, no Estado do Pará, com 6 aprovados. 

O desempenho na segunda fase do exame de ordem já virou um pesadelo para a cidade de Santiago, pois corremos o risco de termos apenas 2 aprovados, ocupando o mesmo ranking do péssimo desempenho já verificado na primeira fase. 

Santiago está maculada pelo desempenho medíocre de uma faculdade que deveria ser o cartão postal de uma universidade que é da comunidade. 

Santiago, cidade educadora, ostentando esses índices medíocres de aproveitamento dos discípulos do principal curso de nossa universidade, não se sustentará mais, afinal agora com a decisão de suspensão do FIES, caiu a máscara. A sorte do PP é que nossa oposição consegue ser bem pior que a situação e até hoje sequer deram uma estudada no desempenho de nossas licenciaturas, afinal os resultados do ENEM estão aí a confirmar um quadro na mesma linha do Direito. 

A visão da atual gestão da universidade de pintar os prédios, calçar e asfaltar o campus, é indicativo claro de um modelo administrativo que aposta na aparência, investe em perfumaria. O que adianta um campus todo asfaltado, bonito até, bem pintado, tudo decorado, se o curso de Direito aprova apenas 4 candidatos na primeira fase do exame de ordem, se tiram nota 2 no ENADE e se o governo chega ao cúmulo de cortar o FIES pelo fraco desempenho acadêmico?

Para um cidade educadora, o que importaria mais: boas notas e bons desempenhos ou prédios pintados e ruas internas asfaltadas?

Creio eu que a aposta na qualidade do ensino, a exuberância dos resultados positivos, a essência da educação, deveria estar em primeiro lugar. Se houvesse qualidade, ninguém estaria preocupado com pinturas, calçadas e asfaltos. O ridículo é a valorização da aparência em detrimento da essência, que numa universidade, deveria ser o ensino e a pesquisa. 







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