As manifestações que cortam o Brasil de norte a sul, inclusive em nossa cidade já existe um movimento embrionário, estão a desafiar a lógica da nossa ciência política tradicional. A fórmula não é nova, até porque repete a primavera árabe. Mas em termos de nosso país, é sim, totalmente nova e desafiadora das tradicionais manifestações que conhecemos, ora controladas pela UNE, ora controladas pelos partidos políticos ou organizações sociais afins.
O governo do PT, principalmente, e os partidos tradicionais, PC do B, PSB e PDT, ardem o desgaste. O mesmo raciocínio vale para a CUT, CGT, UNE, UEEs, UBES e entidades afins. É um movimento autônomo, não nasce pela mão dos partidos e entidades afins, existe uma pluralidade de comandos. Isso é atípico.
Mesmo que as reivindicações sejam puramente econômicas, no caso das passagens de ônibus, a verdade é que existe uma repulsa aos altos investimentos feitos em estádios. Falta dinheiro para a saúde, falta dinheiro para subsidiar o transporte coletivo, falta dinheiro para a educação, mas fazem investimentos bilionários em arenas para futebol. Ademais, falta transparência nos investimentos públicos e isso também move os manifestantes.
As redes sociais servem de elo para unir as bandeiras populares e chamar as convocações. De um lado, a coisa saiu fora do controle e os políticos tradicionais foram engolidos. De outro, ninguém sabe onde isso parar. Pode ser que tudo seja controlado, dominado e mora na casca. Porém, também pode descambar para o pior, para um questionamento mais orgânico ao establishment, exigindo renuncia de governantes e até expressando ódios contra os símbolos da opressão.
A passeata no Rio de Janeiro lembra as manifestações pelas diretas. É claro, com o diferencial, lá era tudo manipulado. Agora, não. Vendo as imagens pela Globo news, a idéia que se tem é que a passeata carioca pela avenida Rio Branco é até superior a das diretas. É claro, os governos estaduais e a mídia burguesa sempre apresentam números mentirosos. Onde tem 300 mil pessoas, eles falam em 30 mil.
Os manifestantes estão na rampa do Congresso Nacional e querem invadir o prédio. A manifestação simbólica é extraordinária. A simbologia que decorre disso tudo é imprevisível.
Resta saber a pauta dos manifestantes santiaguenses. Tomara que sejam bandeiras sérias.
Por fim, eu cheguei em casa e disse assim: "Nina, vamos para o protesto, pega tua bandeira e vamos protestar". A Nina respondeu: mãe onde tá minha bandeira do Fronio (ex-prefeito Froner). O curioso é que ela associou o protesto ao banderaço e lembrou da única bandeira que ela teve, que era a bandeira do ex-prefeito FRONER.
O governo do PT, principalmente, e os partidos tradicionais, PC do B, PSB e PDT, ardem o desgaste. O mesmo raciocínio vale para a CUT, CGT, UNE, UEEs, UBES e entidades afins. É um movimento autônomo, não nasce pela mão dos partidos e entidades afins, existe uma pluralidade de comandos. Isso é atípico.
Mesmo que as reivindicações sejam puramente econômicas, no caso das passagens de ônibus, a verdade é que existe uma repulsa aos altos investimentos feitos em estádios. Falta dinheiro para a saúde, falta dinheiro para subsidiar o transporte coletivo, falta dinheiro para a educação, mas fazem investimentos bilionários em arenas para futebol. Ademais, falta transparência nos investimentos públicos e isso também move os manifestantes.
As redes sociais servem de elo para unir as bandeiras populares e chamar as convocações. De um lado, a coisa saiu fora do controle e os políticos tradicionais foram engolidos. De outro, ninguém sabe onde isso parar. Pode ser que tudo seja controlado, dominado e mora na casca. Porém, também pode descambar para o pior, para um questionamento mais orgânico ao establishment, exigindo renuncia de governantes e até expressando ódios contra os símbolos da opressão.
A passeata no Rio de Janeiro lembra as manifestações pelas diretas. É claro, com o diferencial, lá era tudo manipulado. Agora, não. Vendo as imagens pela Globo news, a idéia que se tem é que a passeata carioca pela avenida Rio Branco é até superior a das diretas. É claro, os governos estaduais e a mídia burguesa sempre apresentam números mentirosos. Onde tem 300 mil pessoas, eles falam em 30 mil.
Os manifestantes estão na rampa do Congresso Nacional e querem invadir o prédio. A manifestação simbólica é extraordinária. A simbologia que decorre disso tudo é imprevisível.
Resta saber a pauta dos manifestantes santiaguenses. Tomara que sejam bandeiras sérias.
Por fim, eu cheguei em casa e disse assim: "Nina, vamos para o protesto, pega tua bandeira e vamos protestar". A Nina respondeu: mãe onde tá minha bandeira do Fronio (ex-prefeito Froner). O curioso é que ela associou o protesto ao banderaço e lembrou da única bandeira que ela teve, que era a bandeira do ex-prefeito FRONER.