
Nessa madrugada, assistindo a GLOBONEWS, deparei-me com o chocante documentário sobre Pedro Simon, um raro líder político de conduta exemplar. Sempre gostei muitíssimo do Simon, de sua sensibilidade, de sua visão de mundo, do seu voto de pobreza e de suas posições sempre ponderadas, equilibradas e racionais. Porém, a parte mais chocante de tudo foi a revelação do dia em que seu filhinho morto adentrou em seu quarto, conversou consigo e desapareceu. Aí emergiu o Pedro Simon pai, perturbado e com depressão ante a perda das vidas da esposa e do filho. Algo absurdamente raro.
O documentário é uma síntese da história recente do país. Passa por Jango, pela doença e morte de Tancredo, posse de Ulysses ou Sarney e chega até os dias atuais, com a explosão da juventude nas redes sociais.
Simon é parte da história do nosso país. Simplesmente incrível. Ainda bem que ele não vai se retirar da política. Se a sensibilidade nacional aumentar, não tenho dúvidas que preparam seu nome. Com razão, é tudo bem pensado, afinal a reserva ética e moral que ele representa faz sentido e se coaduna com os tempos em que estamos vivendo.
Falam que ele está saindo. Entendo diferente. Ele está entrando em algo muito maior e agora articulado e pensado. Agora, antes do meio dia, a Globonews repetia o documentário e seguirá repetindo.