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Minha filha, minha vida, meu mundinho. Cenas de um domingo com Nina em Santiago

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Hoje passei um dia maravilhoso com a Nina. Curtimos ao extremo.


Como sempre no caminho, ela insiste em parar na tapera ... hoje brincamos de bar

Na pracinha de brinquedos de Santiago

Diversão

Amor eterno amor

Parada obrigatória do bar de Unistalda, linda, olhar penetrante....se morasse em Paris já estaria no cinema

Como sempre, almoço na Gaúcha

Comida gostosa, ambiente agradável, Churrascaria Gaúcha

Amor do papai
a
Descansando depois de um dia intenso




Concurso factóide e a inconstitucionalidade do cadastro de reserva

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Em pleno período eleitoral, o Município de Santiago anuncia a realização de um concurso, que certamente mobilizará entre 2 a 3 mil pessoas da comunidade.

O município está quebrado, as contas estão maquiadas e ninguém sabe - ao certo - o percentual do comprometimento com a folha, pois se há o comprometimento direto, ninguém sabe ao certo a extensão da folha indireta com seus múltiplos convênios. E a aqui tudo se complica. De um lado, o site transparência do Município está totalmente incompleto, nem o Promotor Diego Prux consegue acessar os dados completos. Por outro, só o comprometimento com total da receita, 6% vai para o recolhimento do lixo. Isso é caótico, se verdadeiro for o dado que corre na cidade. Mas, repito, tudo isso ocorre pela falta de transparência do site do Município, que está rigorosamente incompleto.Urge uma intervenção urgente do Ministério Público, já que os vereadores não fazem seu papel e nem a imprensa cobra a correção.

Anunciar um concurso agora, nesse quadro caótico, de contas maquiadas (enquanto não ali estiverem todos os convênios, especialmente com a URI,  que geram a assim chamada folha indireta), ninguém me tira da cabeça que existe um tremenda maquiagem nas contas e nem condições para realização de tal concurso. Eu tenho informações reservadas, de alta fonte, que o quadro é mais grave do que se desenha.

É claro, o concurso é um factóide,  dá visibilidade ao secretário de gestão, que é candidato a prefeito pelo PP, e as pessoas da comunidade estão acreditando e se mobilizando.

Mesmo que se fale em cadastro de reserva nesse concurso, é bom relembrar a entrevista do Juiz Federal, do TRF, 10ª região, Doutor Paulo Henrique Blair de Oliveira, que já sentenciou que concurso com cadastro de reserva "é inconstitucional" e sua decisão vale para todo o país. Portanto, não caiam no conto do vigário.

Um município quebrado, não sabe como vai honrar as contas a partir de setembro, onde ninguém sabe exatamente o percentual da receita comprometido com a folha de pagamento direta e indireta, cujos fornecedores vivem momentos de profunda angústia, pois sequer sabem se vão receber, agora vem anunciando um concurso público. Para mim, isso é golpe político.

A imprensa, acrítica, que nada lê sobre orçamento, que nada sabe sobre folha direta e indireta, que nada sobre as contas públicas, que não sabe interpretar o orçamento anual, que não sabe acerca da inconstitucionalidade do cadastro de reserva, perde seu compromisso de bem informar a população, objetivo precípuo da imprensa, especialmente de nossas rádios, que têm dado espaços generosos a um só candidato, a pretexto de que ele integra a administração. Mesmo que nada do que ele diga seja factível de se tornar realidade. 

 
 

O drama de minha filha e a emergência de uma realidade mantida sufocada:a auto-mutilação

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Quis Deus, numa noite dessas, levando minha filha de volta, em meio a um temporal, que meu carro atolasse, batesse o motor embaixo e gerasse-se uma situação complicada demais. 

Como não se pega sinal de telefone naquela estrada, sai a pé, no barro, na chuva, em busca de abrigo e de alguma casa com telefone rural para que eu pudesse ligar para um guincho ou socorro. 

Tanto caminhei, tanto caminhei, que cheguei numa casa. Os cachorros avançaram sobre mim ... pediram para eu me identificar. Disse meu nome, expliquei que tinha ido levar minha filha e que estava em busca de telefone para fins de socorro.


Declino de citar os nomes. Mas - ao identificar-me - explicando que eu era o pai de Nina Mello Prates, prontamente uma jovem moça contou-me uma história assustadora sobre minha filha. 

Tudo que eu lia das assistentes sociais e psicólogas de Maçambará e Itaqui eram relatórios que minha filha estava muito bem, que ela tinha plena ciência disso, ciência daquilo. Eram e são os canais oficiais do poder judiciário, do ministério público e do conselho tutelar de Maçambará. 

Eu até acreditava.

Porém, nessa recente noite fatídica, essa jovem moça apresentou-me um quadro bem diferente.

Segundo ela, Nina, na escola,  se jogava no chão, se batia no chão, chorava estirada nas calçadas, soqueteava-se nas pedras ... Fiquei impressionado. 

O conselho tutelar de Maçambará é um grupo político fomentador de intrigas e alienação parental; nunca vão reparar os danos cometidos no psique de minha filha, sempre fizeram relatórios questionáveis, emitiram opiniões até sobre decisões judiciais tomadas na comarca de Santiago, sempre e invariavelmente no sentido de me incriminar como pai, abasteceram o Juizado da Infância e da Juventude de Itaqui, bem como a promotoria, com informações que nem de longe correspondem a realidade. 

E me processem que eu provo cada palavra do que estou afirmando. 

Até os presos tem direito de verem seus filhos. Eu, sem prova alguma contra mim, pelo contrário, tendo sido absolvido em todos os processos movidos contra mim em Santiago, fui privado de ver minha filha por mais de cem dias. 

Riam da minha cara. Festejavam a minha desgraça. Só não pensavam na dor de uma criança de 5 anos, que não podia expressar suas dores, e que ninguém soube ler a expressão dos seus sentimentos ao se auto-mutilar.

Isso é de uma gravidade sem precedentes. É enlouquecedor. Para mim, como pai, é a maior de todas as minhas dores.

Ontem, minha filha, no banco da camionete, segurava minha mão o tempo tempo, quando a levava de volta, noite escura, estrada horríveis. Menos mal, que a camionete era grande e boa para viajar naquelas estradas infernais. 

O afeto de minha filha para comigo foi tão grande, que decidi - naquele retorno - perguntar para ela sobre os porquês dela se atirar nas calçadas, bater com a própria cabeça no chão, se soquetear ... 

A resposta cortou minha alma, cortou meu coração e despertou em mim uma ira sem precedentes. 

Disse-me Nina que fazia aquilo porque ela imaginava que nunca mais me veria.Eu pensei que nunca mais ía te ver paizinho, explicou-me ela. 

Agora fico pensando comigo mesmo. Como podem todos os relatórios aludirem diversamente? Como chegaram a conclusão que minha filha não me amava e que a medida mais correta era eu ficar afastado dela? 

Por que me puniram, com mais de cem dias sem ver minha filha, se o desejo dela era estar comigo e se eu nunca fiz nenhum mal a ela e nem a ninguém?

E as sequelas e os danos causados no psique, na mente, o trauma, o medo, a incerteza, a insegurança, a tentativa de anularem a identidade paterna de uma criança, quem responderá por isso?

O conselho tutelar de Maçambará sabe que age fora de lei, são enganadores, fazem relatórios para beneficiar currais eleitorais, agem sem escrúpulos. REPITO. Me processem que eu provo cada vírgula do que afirmo. 

É papel do conselho tutelar fomentar a alienação parental? É papel do conselho tutelar não saber discernir a verdade da mentira e agir sem editar o contraditório e a ampla defesa? Eles se arrogam o direito de pensar pela cabeça de uma criança e fazerem o julgamento apriorístico de um pai? 

Quem responde pelo dano causado na formação psicológica de uma criança que era linda, saudável, vivia em harmonia em nossa sociedade? Nunca teve um transtorno psicológico? E por que abafaram que ela se jogava contra as calçadas e batia com a própria cabeça e braços no chão? Por que todos os relatórios omitiram que minha filha apresentava esses graves transtornos?

O que dizem as assistentes sociais indicadas e pagas pelo poder judiciário? Por que nada disso veio à tona?

Por que foi necessário eu atolar meu carro, sair em busca de socorro num noite chuvosa, para descobrir a face obscura de uma situação que vinha sendo mantida abafada?

Por que as psicólogas não relataram isso para os juízes e para os promotores?

Por que minha filha foi submetida a mais de cem dias de tortura e se auto-mutilava por que temia não me ver mais? 

É por que minha filha me odiava ou por que ela não resistia mais a saudade e a falta de um pai que ela sempre amou e que sempre lhe deu amor e carinho? 

Quem responde por isso agora, senhores e senhoras conselheiras tutelares de Maçambará?


Eu vou levar esse assunto para o Instituto Proteger, do qual faço parte em nossa organização nacional. 


Isso é inconcebível. 

Poderia ser cálido? Calar-me? Ou agir como Pai, expressando-me como Advogado, escritor e jornalista?

E o que dirá minha filha, quando crescer, sabendo que eu acovardei-me e não enfrentei essa situação de frente? 

Por isso, que venham as dores e dissabores, prefiro a dor da ação do que a covardia da omissão por medo de fazer o enfrentamento.

 
 

 

Curso de oratória, comunicação e técnicas de apresentação em Santiago

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LOCAL DO CURSO: CENTRO EMPRESARIAL
 
HORÁRIO: 19:00 AS 22:30
INVESTIMENTO R$ 250,00
 
TURMA LIMITADA, CONVITES NA MARCON TREINAMENTO E TECNOLOGIA

O incêndio é cada vez maior em Unistalda

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Eu recebi, agora a tarde, mais dois exemplares de uma nova carta que está circulando em Unistalda. As cartas correm de casa em casa, de mãos em mãos. Não sei quando começaram a distribuição em Unistalda, mas - agora a tarde - chegou em minhas mãos e creio que parte da imprensa local também tenha as recebido.

Numa linguagem sarcástica, a primeira delas lista os beneficiários com as doses de vacina contra febre aftosa, elencando os nomes dos beneficiários, inclusive um com mais de 20 doses e tecendo considerações sobre perfis. A segunda, elenca uma lista das promessas de campanha não cumpridas.

Essas cartas estão tendo o condão de abrirem o debate antecipado das eleições municipais. Enquanto uns cuidam os outros, ninguém sabe ao certo como tudo chega nas casas, verdadeiras bombas, um legítimo incêndio político como nunca se viu na até então pacata Unistalda. 

Prelúdio de como será a eleição municipal. Fartura para a nossa imprensa. Se pega fogo lá, pegará aqui, pois o que estou sabendo é apavorante.

Mensagem do Doutor Ruy Gessinger sobre os panfletos distribuídos em Unistalda

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Dr. Ruy Gessinger

Blog de uma adolescente

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Gabriele Pedroso
Eu adoro a Gabriele, ela tem 13 anos, mas já é uma escritora, canta, já participou de CD, desenha, faz poemas, entende muito de artes, é superinteligente,  e agora estreia como blogueira. Uma blogueira nossa, que precisa ser prestigiada e incentivada. O nome do seu blog promete:


Cliquem no link e leiam Gabi ... e também vale prestigiar com anúncios, é assim que se mantém os blogs de todo o país e mundo afora. Anunciem no blog da Gabi e reforcem nossa blogosfera. Eu já sou um dinossauro, to saindo fora, mas essas gerações que vem aí precisam ser incentivadas, a exemplo do que fizeram os Doutores Michel e Irani Caetano, da Clínica da Face. Belíssimo exemplo.

cartas-gabi.blogspot.com.br/

Doutor Décio Itiberê, Coordenador Nacional do III Congresso de Direito Eleitoral comenta sobre meu livro


Prefeito mantém concurso factóide na capital da pena

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Matéria do blog do jornalista Rafael Nemitz vem com uma curiosa reportagem com o Prefeito Júlio Ruivo,  de Santiago, a capital da Pena. Segundo ele, o concurso será mantido. Não se esperava outra postura, por enquanto, o assunto não engrossou, mas o caso já repousa preocupante no Ministério Público.


As finanças municipais estão falidas, as contas públicas maquiadas. O site transparência do Município de Santiago, capital da Pena, não apresenta a real situação, pois a folha direta tem um perfil de comprometimento de receita, pari passu, exclui a folha indireta, que é aquela derivada dos convênios, com a URI, por exemplo. Especula-se que até o pagamento do laboratório está em atraso. Eu sei mais que eu posso escrever.

A situação é nebulosa, para ficar nisso. Seis por cento do comprometimento da receita total do município de Santiago vai para o recolhimento do lixo, isso é por demais preocupante. Ninguém sabe ao certo, o total do comprometimento da receita global do município com as folhas direta e indireta. O assunto é tabu em Santiago, ninguém sabe, ninguém fala, ninguém viu. Mas também ninguém desmente e ninguém apresenta um índice perto do aceitável. 

Especula-se, e isso é gravíssimo, que a folha direta e indireta já ultrapasse os 60 %. O segredo, do ponto de vista da ciência política, de manterem a folha indireta, é não revelar a extensão dos convênios com a URI e nem os nomes dos integrantes dessa folha. São pessoas que atuam dentro da URI - todos ou quase todos cabos eleitorais de Tiago Gorski Lacerda - alimentados com recursos públicos, parecendo serem servidores da Universidade. Esses convênios deveriam ser transparentes, públicos, abertos e todos deviam saber quem são os beneficiários.

Se a Administração do Prefeito Ruivo não abre, caberia a  direção da URI, que é uma universidade comunitária e submetida ao império da legalidade, tornar público onde começa e onde termina essa folha indireta,  abastecida com recursos públicos, dinheiro de toda a sociedade santiaguense. E não é só com a URI essa linha de conveniagem, por isso urge que a sociedade santiaguense saiba a extensão desses convênios, o total percentual de sua implicação na receita municipal, bem como os nomes dos beneficiados e quais os critérios adotados para as referidas contratações. 

Eu nunca quis ser promotor, mas já sonhei em ser promotor público em Santiago por dez minutos, tempo o suficiente para produzir um pedido ministerial de explicações sobre os convênios e a folha indireta, bem como explicações sobre os porquês do site transparência do município de Santiago ser tão obscuro e tão omisso no que tange ao comprometimento e destino das receitas públicas.


 Nesse contexto de grave crise financeira, de obscuridade no comprometimento da receita, anunciar um concurso público, que envolverá duas ou três mil pessoas da comunidade, é um ato de irresponsabilidade total, pois estamos em pleno período eleitoral e mesmo que se faça o concurso, não existe nenhuma garantia de nomeação dos eventuais aprovados. É claro que é tudo um lance político. Esse concurso, do ponto de vista do marketing eleitoral, deu uma visibilidade ao secretário de gestão, Tiago Lacerda,  candidato a prefeito  pelo PP, como ele nunca teve em exposição tão prolongada. É claro, ele é muito inteligente, dá um show de marketing, quando as máquinas da prefeitura estão trabalhando na pavimentação de uma empresa privada, lá está ele, com carro do município, fotógrafo do município, como se fosse o secretário de obras. Quando começaram a recapagem dos asfaltos, o secretário de gestão, de novo ele, sempre ele, ele é o máximo, lá está ele, se um ET jornalista, que fizesse cobertura política, baixasse em Santiago juraria que  ele - tirando foto nos asfaltos maquiados, digo, recapados, era nosso secretário de obras, nunca de gestão. Eu sou fã da inteligência e da malandragem política do PP de Santiago, nessa terra de cegos, eles dão de dez em qualquer um. E ainda contam com a lucidez da nossa imprensa radiofônica, sempre ávida por comprar lebre por coelho (SIC).

O certo é que o executivo municipal tentará manter essa situação até o mês de setembro, embora o corte nos repasses do FPM obrigará - necessariamente - ao corte no pagamento dos fornecedores. É claro, entre manter as folhas direta e indireta e ferrar com os fornecedores, a escolha óbvia já vem nominada: ferrar com os credores e manter sufocado o debate sobre a folha indireta, que são os cabos eleitorais mais quentes, pois uma eventual vitória da oposição, trará à tona uma realidade até então desconhecida na relação do poder público municipal com a URI e seus convênios. 

O que ninguém em Santiago sabe é:

1 - Quanto da receita municipal está comprometido com os convênios com a URI e outros.

2 - Que convênios são esses e a que fim se dirigem.

3 - Quem são as pessoas  pagas com recursos públicos e como foram parar dentro desses projetos conveniados. 

4 - Quais foram os critérios de suas contratações, afinal os recursos que os pagam são públicos e tudo precisa ser objeto de transparência. 

5 - Se a URI é uma universidade comunitária, goza de imunidade tributária, recebe grandes quantias de injeções de recursos públicos, porque está se mantendo em absoluto silêncio. Se é porque o atual diretor Chico Gorski é tio do candidato a prefeito do PP, ambos integram o diretório do PP, presidido pelo prefeito do PP, onde o candidato a prefeito do PP é também professor da URI e onde o prefeito do PP é também professor da URI, meu Deus, onde está a REITORIA DA URI que não dá uma resposta para a sociedade santiaguense e regional, tornando tudo transparente e pondo um fim no véu obscurantista que cerca esse caso das finanças públicas, folha indireta e convênios que ninguém sabe ao certo onde começam  e nem onde terminam. 

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POR FIM:

Meu blog foi bloqueado. Estou adorando. E as pesquisas rolando, os tolos cada vez mais tolos, os malandros cada vez mais malandros. Eles pensam que eu não sei de tudo. Mas, enfim, com tantas penas espalhadas pelas entradas da cidade, aliás, tudo lembra símbolos fálicos, não tem um desses símbolos da nova geração que não seja fálico, continuo meu destino, minha sina, meu rumo: odiado, mas um mal necessário. 

NA TERRA DOS POETAS, ELEGIA PARA UMA GALINHA MORTA EM MINHA BOCA, DE RICARDO DOMENECK

Poucas coisas são
tão perturbadoras
quanto morder a carne
da galinha cozida
e sentir na língua
certo gosto
que meu cérebro
interpreta
como sendo das penas
desta galinha morta
como se algo nela
ainda quisesse voar
no céu da minha boca
e vejo então nítidos
diante de mim os olhos
muito arregalados
desta galinha à hora
de sua morte, o bico
arreganhado, a sede,
o susto dos gritos
das companheiras
no abatedouro
e em seu cérebro
o protótipo do que seria
seu primeiro pensamento
se lhe fosse dado tempo,
provavelmente um verbo,
um imperativo, um “voe”,
mas ela não pode voar
e abatedouros não
reservam tempo para a evolução
das espécies, e esta galinha
que agora mastigo, imagino,
mal caiu em tentação
na hora de sua morte,
e este gosto de penas
na carne persiste
e impede a semivigília
prazerosa
com que dilacero
o que antes corria
no terreiro, sorella
aviária, você parte
antes e definitiva agora
para o grande sono,
o que você sente
quando meus dentes
entram em seus músculos
é apenas a mioclonia,
senhora galinha,
aquelas contrações
involuntárias
antes do sono
e é por isso que fico
muito assustado
pelo resto da refeição,
gala, a verdade
é que estamos ambos
presos apenas
no mesmo sonho lúcido




Práticas anti-comerciais em Santiago

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Eu tenho dificuldades honestas de entender certas práticas comerciais adotadas em nosso comércio.

Primeiro, não acredito nem morto, nessas promoções, tipo desconto de 30% a vista; 15% no prazo. O consumidor não sabe qual é o preço real do produto. É uma campanha para bobos e tolos. Nunca engoli isso.

Segundo, odeio chegar numa loja quando quero dar olhada e uma vendedora cola na gente querendo empurrar um produto que a gente não procura. Ademais, se a pessoa quer olhar, que deixem ela olhar. Eu só uso botinas Ferracini, simples questão de escolha. Outro dia, entrei numa loja e uma vendedora insistia em me enfiar uma marca diabo, que eu nunca ouvi falar, me dizendo que era o estouro do momento. Tá certo que eu tenho cara de bobo, mas não me julgo burro. Eu queria apenas comprar um par de botinas e queria escolher a marca de minha preferência e a cor, o que nem de longe pude fazer. Agradeci, sai da loja e não comprei nada. 

Terceiro, até hoje não entendi e não entendo esses bares e restaurantes com uma TV ligada no último volume, como a pessoa fosse ali para assistir TV e não para se alimentar. Eu, por exemplo, gosto de saborear minhas refeições em paz, com sossego, sem zoeira ao redor. De onde tiram que alguém gosta de ficar grudado naquele canal que o dono do estabelecimento botou? Isso é o que tem de mais anti-comercial. Se eu entro e tem uma TV ligada na Globo em alto som, é certo que eu vou embora. E noto que várias pessoas com quem converso que comungam do mesmo ideal. 

Quarto, horrível. Eu digo: quero um coca-cola. Aí vem o garçom com com a tal gelo e limão. Mas que droga, quem pediu limão na coca-cola? Conheço quantidades de pessoas que se irritam com isso. Se as pessoas pedem uma coca-cola é o que basta. Se ela quer gelo e limão, ela pede. É tão simples. 

Nesse aspecto, noto que o comércio de Santiago é retrógrado. E sequer existe um debate sobre o cliente. Os cursos são como vender, como empurrar uma mercadoria ...como seduzir o cliente. Mas o que ninguém se toca é que os tempos mudaram e que osw clientes gostam é de liberdade. O vendedor deve ser um auxiliar para prestar informações quando o cliente pedir.

E o pós-venda ... que caos. Mas nem quero falar nisso.

 

Pai de santo celebridade é procurado por Michel Temer dias antes da votação do pedido de impeachment

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Estou com um exemplar do Jornal Tribuna da Bahia, em mãos, dia 02 de maio de 2016, onde o assunto principal é a consulta do vice-presidente a um pai de Santo. É minha fonte. 

 A coluna descobriu que o vice-presidente do Brasil Michel Temer viajou até o Maranhão para se consultar com o pai de santo Bita do Barão semanas antes da votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Bita, cujo nome de batismo é Wilson Nonato de Souza, vive na cidade de Codó — a 292 quilômetros da capital do Maranhão, São Luís — e está mais do que acostumado a receber políticos em sua casa. Reza a lenda que o ex-presidente Fernando Collor de Mello já se consultou com o babalorixá. José Sarney é outro cliente ilustre. Na cidade, o comentário é que Sarney não dá um passo sem se consultar com o Mestre Bita, como ele prefere ser chamado.

A consulta para pessoas ‘normais’ custa entre R$ 300 e R$ 500. Político paga mais caro: acima de R$ 700. Fora o trabalho. A coluna entrou em contato com a Tenda Espírita de Mestre Bita, que não confirmou a ida de Temer ao local. O que já era de se esperar. Em entrevista a um blog do Maranhão, Mestre Bita já havia dito que não revelava os nomes de seus consulentes: “Não posso falar os nomes dos políticos, porque seria fora da ética”, disse ele, que tem entre 95 e 105 anos (ele não revela a idade).

Vale a pena sacrificar as amizades de longos anos por questões políticas?

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O Brasil vive um momento de radicalização política e, nesse contexto, emerge um outro debate subjacente que é afeto ao campo das relações inter-pessoais (a expressão é de Eric Fromm).

O certo é que esse debate de mensalão, petrolão, lava-jato, Lula, Dilma, Cunha ... afeta da todos nós, até porque fomentado pela mídia. Estamos todos contaminados e impregnados. 

Eu tinha um amigo, pessoa que eu prezava, admirava, é claro, ainda prezo e admiro, membro do MP, professor amado por todos nós, que simplesmente - por divergir dos seus demais amigos e até de alunos - resolveu por bem excluir-nos todos do seu facebook. Isso é um ato odioso, eivado de radicalismos e próprio de quem não sabe conviver com ideias opostas, como se todos nós devêssemos pensar da mesma forma. Grave erro. Um sacrifício das amizades que não merecia esse desfecho, pois a política passa e nossas amizades ficam até nossas mortes. O amor e o carinho que nutro por ele não tem nada a ver com o que ele pensa sobre a política. A política é uma coisa e o afeto das relações, outra.

Política, futebol e religião não deveriam se sobrepor ao laços de carinho, de afeto e amizades que unem as pessoas. 

A política é essencialmente corrupta. Ninguém santo nela sobrevive. As exigências e demandas de um pleito requerem rios de dinheiro. Para atender o clientelismo, todo um ritual de campanha, exige-se muito dinheiro e reside justamente aí a raiz da corrupção. 

É claro, existem exceções. O Deputado Bianchinié uma louvável exceção, homem reto, honesto e íntegro de uma ponta a outra de sua vida. Orgulho de todos nós. 

Mas, no geral, o ideal é que as pessoas soubessem ser amigas e fraternas, respeitando o pensamento da outra. 

A amizade, a fraternidade e os laços afetivos são eternos enquanto passamos pela Terra. Não vale a pena macular o belo dessa plasticidade por brigas que sequer não nossas. 

O mais, são avaliações, pesos e contra-pesos de cada um de nós. 

Fico triste quando vejo amigos e irmãos de uma mesma sociedade em luta fratricida por causa da operação lava-jato, por exemplo. Estamos brigando entre nós, separando famílias, por não entendermos a liberdade de expressão e de opinião de cada um de nós.

Meus grandes e sinceros amigos estão no campo da direita, majoritariamente. E os quero bem, os amo, vivemos em harmonia, brincamos com nossas posições, mas - jamais - ficaremos brigados ou de cara torcida um com o outro por causa de política. 

As razões de minha atividade jornalística

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Até a Nina está usando uma PENA como brinco
Eu circulo em todos os partidos políticos, transito entre os candidatos, sou amigo de todos, sou jornalista registrado no MTb-RS sob número 11.175, sou editor nacional com cadastro da ISBN na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro sob nº 90825 e atuo na imprensa há mais de 30 anos. 

Ademais, sou Advogado, também cursei Sociologia, tenho 6 livros escritos e 22 editados pelo Grupo Editorial Fronteira-Oeste, de minha propriedade. Meu CNPJ data de 1993 e tenho mais de 10 mil textos jornalísticos. Só de imprensa digital 16 anos e 13 anos desse blog.

É minha função e minha obrigação escrever e sempre tive um estilo: análises. 

Sou um homem livre, penso pela minha cabeça, sou amigo do Prefeito  Ruivo e se dependesse da minha vontade nossa relação seria a melhor possível. Tiago é meu amigo pessoal, um jovem alegre, dinâmico e tudo que envolve seu nome, em minhas análises, não vai nada pessoal contra ele, são questões analíticas de caráter político-ideológica. Meus grandes amigos estão no PP, Peru, Pelé, Décio, Tavinho ... enfim, impossível citar todos.

Escrevo sobre o PP, escrevi contra o Guilherme e a frente dele, escrevi a favor e contra o PT, escrevo até contra mim mesmo. Elogios mesmo, sempre,  é só para a Nina. 

Agora, tenho sido questionado pelo PP, por Tiago, as pessoas me contam, sobre tudo o que escrevo. Dizem que eu envolvo as instituições, isso e aquilo. 

A questão é bem simples. Quem pensa pela minha cabeça sou eu. Quem responde pelos meus atos sou eu. Em mim, ninguém  manda, embora - com jeito tirem até minhas calças, tal é minha maleabilidade e flexibilidade. Digo isso porque sou livre e quero ter assegurada sempre minha liberdade de escrever, de opinar e de me expressar. 


Marta Marchiori, Julio Prates e Júlio Ruivo: amigos
Não faço acusações irresponsáveis. Questiono o destino de verbas públicas. Já fui candidato, sempre semeio a paz, nunca fomento intrigas, embora os que não entendam o pensamento divergente optem pelo confronto comigo. 

Fui candidato, sou um homem vivido, tenho anos de imprensa nas costas, mas minhas análises, eu quero respeito. Aviso, não ameaço. 

O candidato Tiago cuida da campanha dele. Do meu blog, cuido eu. 

Agora, estou com um lançamento quase pronto. É claro, vou convidar o Prefeito Ruivo, ele é nosso representante e sempre terei a mesma posição, seja quem for o Prefeito. Minha amizade pessoal com ele é uma coisa, já a relação político-ideológica é outra. Mas como ser humano, ele tem meu respeito e meu carinho. Só não entendo tantas penas. Mas isso deve ser uma marca que ele quer deixar. Imagino eu.

Sempre fui assim e vou continuar sendo assim. Há décadas escrevo. Só não escrevo sobre o que não estou convencido. Só escrevo sobre o que estou convencido.

Presidente da OAB diz que julgamento de multas não tem transparência e é uma caixa preta

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Assegurar a presença de advogados em julgamentos das Juntas Administrativas de Recursos e Infrações (JARI), responsáveis pela análise das multas de trânsito, é o objetivo do presidente da OAB/RS, Ricardo Breier. Para ele, “é importante que os julgamentos tenham transparência, o que é hoje uma caixa-preta”. Em Santa Cruz do Sul, Caxias do Sul e Bento Gonçalves, a participação dos advogados já é garantida.

Fonte - Site da OAB-RS

Fragmentos do meu espírito e de minha alma nas areias do Yancundá

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Nessa semana fui exorcizar meu espírito, enterrar meu coração nas areias do arroio Yancundá, em São Francisco de Assis. Foi o ritual mais doloroso da minha vida e lembrou-me a máxima do índio americano, já traduzido para o cinema por Dee Brow.

Sentei-me nas pedras e pude ver as cobras rastejantes. Quando - de repente - avisto Zaratustra, em seu voo rasante triunfal. Ela foi ter sua sentença fatal com o destino da minha vida. 


Sentou-se ao meu lado e emitiu juízos decisivos sobre o final dos tempos, sobre a possibilidade possível do impossível e ali selou minha última esperança de vida. 

Perdido, arranquei meu coração e entreguei-o em suas mãos. Ela pegou, apertou contra seu próprio peito, beijou-o e deixou o sangue escorrer pelos seus lábios e corpo. 

Porém, quando achei que ela o guardaria para sempre dentro de si, eis minha surpresa. Estava entre a vida a morte, estive em Berlim, ouvia a segunda sonata wagneriana em ré menor, voltei a minha sinagoga de Jerusalém, veio o desfile de identidades, as missões na África, era um Kidon morrendo miseravelmente e assistindo ao enterro do seu próprio coração, pois Zaratustra, ao invés de guardá-lo, preferiu enterrar numa cova rasa nas areias do arroio Yancundá.

Ela percebeu que eu me esvaia, mesmo assim, seu olhar foi de profundo amor e reconfortante. Terno, doce, amável, eterno. 

Fiquei ali estirado, imóvel, pressentia pedaços de mim pela areia, havia muito do meu espírito e fragmentos de minha alma. Era meu fim, a última chama de vida do meu ser, esta sendo sepultada para sempre.

Sem Antígona para sepultar meus restos, ainda assim assisto ao voo de retorno de Zaratustra, do eterno retorno. Esguia, voava numa plasticidade estética infactível de ser descrita. Voou tão alto que desapareceu de minha visão obscurecida e nauseabunda ante o ofuscamento visual daqueles instantes que separam a vida da morte. 

Contudo, eu não morria. Por instantes, pressentia a ruptura da vida com o corpo. Depois, misteriosamente, a vida voltava. E assim vivi frações de segundos que duravam uma eternidade. 

Foi num desses lapsos de tempo que percebo Fernanda me olhando. Era minha colega e amiga, não era Antígona. Percebendo que eu morria, desenterrou meu coração, com seus pragmatismo brusco e bruto  desenterra-o, enfia-o no meu peito, mas não recrimina Zaratustra. Ela sabia que o ritual era necessário e que eu lutava por um amor que desse sentido a minha existência. 

Pegou-me, arrastou-me até o carro. Pôs um blusão preto para tapar o sangue que corria sobre azul de minha camisa e sentenciou: deu Júlio, tu tens que voltar, tu tens a Nina, ânimo companheiro

No carro, deu-me água, passou a mão na minha testa e sentenciou: nunca tinha visto um amor assim. Referia-se a minha entrega, absurda - para os padrões dela. 

Minha filha, apesar dos 5 anos, adora os contos do Gabriel Garcia Marques. Já inventa histórias e colocou esmeraldas nas bergamotas da avó dela, ao invés das esmeraldas das laranjas do Gabo. Apenas uma mudancinha. 

Eu não sou Schopenhauer, mas sou Schopenhauer quando não escrevo para tolos. Não sei bem se transito entre o realismo fantástico ou o surrealismo. 

Só sei que o homem precisa da arte para não morrer afogado na verdade e na realidade, parafraseando Nietzsche. Essa construção textual é ficção, porém, é verdadeira, em suas metáforas. Tudo foi assim mesmo. 

Por ter amado um amor verdadeiro, deixei fragmentos do meu coração, cacos de minha alma, pedaços do meu espírito espalhados pelas areias do Yancundá. Não poderia ser diferente. 


Volto para minha filha, voltaremos a fazer pique-niques pelas taperas, brincaremos juntos, manteremos nosso amor enquanto eu sobreviver, não haverá o bolo de chocolate com Zaratustra. 

Já não sinto mais dores, estou adormecido, caído, cansado, quero apenas repousar no catre escuro e sonhar.

É minha sina, meu destino, meu karma. 





Comandado por uma neurocientista, este site é o Pirate Bay da ciência

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Sci-Hub desafia a Justiça ao disponibilizar 48 milhões de estudos científicos de graça - e lembra o legado do ativista Aaron Swartz


A neurocientista cazaque Alexandra Elbakyan é a responsável pelo site Sci-Hub, que disponibiliza ilegalmente mais de 48 milhões de artigos científicos de graça. É uma espécie de Pirate Bay da ciência.
“Lutamos contra a desigualdade de conhecimento no mundo todo. O conhecimento científico deveria estar disponível para todo mundo, independente de sua renda, classe social ou localização geográfica. Advogamos pelo cancelamento da propriedade intelectual, ou das leis de copyright, para propósitos científicos e educacionais”, lê-se em um trecho do manifesto do Sci-Hub.

O Sci-Hub entrou no ar em 2011 e enfrenta, desde então, problemas com a Justiça. Em 2015, uma decisão da Corte de Nova York determinou que ele fosse fechado, mas sua fundadora apenas mudou o site de domínio e seguiu oferecendo os arquivos. É uma briga parecida com a que o próprio Pirate Bay e o Popcorn Time, conhecidos fornecedores de arquivos piratas, enfrentaram.

A Elsevier, uma das maiores editoras de ciência do mundo, está processando o Sci-Hub por “danos irreparáveis” - e quer até US$ 150 mil por cada artigo disponibilizado pelo site.

Elbakyan, no entanto, diz que não vai recuar. Ela considera o modelo de negócios da Elsevier ilegal de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz que “todos têm o direito de participar livremente na vida cultural da comunidade, tirar proveito das artes e dos avanços científicos e seus benefícios”.

O manifesto da pesquisadora, que mora na Rússia, segue a mesma linha de outros posicionamentos de cientistas e universidades que já criticaram o custo impeditivo do conhecimento científico. E o site depende diretamente do apoio de cientistas e pesquisadores para funcionar.

É que o Sci-Hub acessa as pesquisas e documentos, todos protegidos pelos direitos das editoras que os publicam, usando senhas de cientistas que assinam os serviços e disponibilizam seus dados - anonimamente - para que o site possa acessar os trabalhos nessas plataformas.

Em poucos segundos, o Sci-Hub é capaz de acessar pesquisas em qualquer grande editora científica, disponibilizar de graça para o usuário e ainda fazer uma cópia e enviar para o LibGen, uma outra plataforma que divulga pesquisas científicas gratuitamente.

Pesquisadora persegue o mesmo objetivo de Aaron Swartz#

Foto: Timothy Krause/Flickr/Creative Commons
Graffiti em Nova York homanegeia o ativista Aaron Swartz, que se matou em 2013. O manifesto dele é uma prévia do Sci-Hub
Graffiti em Nova York homanegeia o ativista Aaron Swartz, que se matou em 2013. O manifesto dele é uma prévia do Sci-Hub
 
A luta de Elbakyan para manter o site no ar retoma a luta do ativista Aaron Swartz, morto em 2013. Programador e defensor do livre compartilhamento de conhecimento, Swartz foi considerado um dos gênios de sua geração por Tim Berners-Lee, o criador da World Wide Web, a internet (www) como conhecemos hoje.

Considerado um prodígio da computação, o hacker se tornou um ativista pelo livre conhecimento na internet. Em 2008, aos 22 anos, escreveu um manifesto em que mostrava como enxergava o mundo - e dava uma pista sobre o que ele poderia ter feito com os arquivos que baixou em 2011.
Aaron Swartz poderia pegar até 35 anos de prisão e pagar U$S1 milhão em multas por baixar artigos científicos
“Informação é poder. E como todo poder, há aqueles que querem o monopólio sobre ele. Toda a herança científica e cultural do mundo, publicada ao longo de séculos em livros e revistas, está sendo digitalizada e trancada por meia dúzia de corporações privadas. Quer ler artigos com as descobertas científicas mais famosas? Você vai precisar pagar caro para editoras como Reed Elsevier”, escreveu ele. É um apelo muito parecido àquele que Elbakyan mantém no Sci-Hub.

Em 2011, Swartz usou a rede do MIT (Massachussets Institute of Technology) para baixar ilegalmente milhões de artigos científicos de uma plataforma chamada JSTOR e disponibilizá-los de graça na internet. Mas foi pego. Se tornou réu em um processo em que, se fosse condenado, poderia pegar até 35 anos de prisão e ter de pagar US$ 1 milhão em multas. Em janeiro de 2013, ele se suicidou, aos 26 anos.
Sua morte foi considerada uma tragédia por Berners-Lee e por Lawrence Lessig, professor de Direito na Universidade de Harvard. Por causa dela, a deputada democrata  Zoe Lofgren apresentou a “Lei de Aaron”, que propôs penas mais brandas - e não mais a prisão - para quem cometesse crimes como o do hacker. A lei está no Congresso americano.

O Sci-Hub se dedica exatamente ao mesmo tema que Aaron Swartz. Questiona os limites do acesso ao conhecimento científico, dos direitos autorais e do sistema judicial.

 https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/02/15/Comandado-por-uma-neurocientista-este-site-%C3%A9-o-Pirate-Bay-da-ci%C3%AAncia

Dos filhos e suas mães mortas

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A data de amanhã, dia das mães, embora seja um evento de caráter comercial, acaba encetando uma reflexão subjetiva (e até objetiva) acerca do papel materno em nossas vidas. 

Filhos, na minha condição, de mães mortas, ficam confusos. Fogem daqui e dali. Meu consolo, nos últimos tempos, era minha filha. Mas - apesar de eu não admitir - sei que já perdi minha filha. Perdi o melhor de sua criação, perdi os melhores momentos ao lado dela, perdi o meu direito à paternidade. Perdi tudo. 

E o que foi perdido, não volta. O que anda para frente é só a depressão, o abismo e a doença. 

Todas as manhãs acordo com uma dor no peito. Sufocado. Não sei se é loucura, não sei se é o correto das teorias espíritas, mas noto - ao acordar - a presença de minha mãe ao meu lado. Ela está comigo de alguma forma. Dizem que as pessoas que estão por morrer começam a ver os mortos que lhe são queridos. Eu não vejo minha mãe, mas, estranhamente, sinto sua presença. Do meu pai, nunca senti nada disso. 

Minha separação da Eliziane e da Nina mudou totalmente minha vida. Mergulhei numa depressão tão profunda e nunca mais consegui sair. Nina ficou com sua mãe nesse final de semana. Não a verei. A rigor, os fantasmas e os mortos já andam ao meu lado. Pouco importa. Só aguardo a hora da transcendência. 

Sei que - como eu - outros tantos filhos e filhas sentem o mesmo. Não só nesse domingo, mas também no dia-a-dia. Patético e assombroso. 

A vida é feita de ciclos. Ciclos que não andam nunca para trás. Sempre para frente. Sei do destino inexorável que me aguarda. Se for possível, se todas minhas impressões estiverem corretas, minha mãe quer muito me ver. Seu espírito passa me rodeando. Não me importo. Faz parte. 

Quem tem a mãe viva, vai almoçar com ela. Talvez dê um presentinho barato. É sempre assim. Quem tem a mãe morta, fica inventando fugas e teorias. Como eu.

 

Pessoas certas?

João Augusto Irion: que saudades da Nina

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Meu queridinho amigo João Augusto Irion, filho do casal de amigos Cleudo Irion e Dra.Aline Pês, hoje levou-me as lágrimas com uma frase tão simples em seu face: saudades da Nina.

João Augusto talvez tenha sintetizado um sentimento que é geral nossa comunidade. Todos nós sentimos falta da Nina, do seu sorriso, da sua vidinha festiva, de sua alegria e sua felicidade em nosso meio. 

Dois anos e meio atrás (nessa foto), tínhamos um convívio amável, nossa crianças lindas viviam uma vida saudável, brincavam, contavam histórias e participavam povoando nossas vidas e nossos corações.

João Augusto Irion
A  Nina era radiante, transcendia felicidade e contagiava a todos nós com sua paixão e apelo à vida. Depois, separada do convívio comigo mesmo, perdeu todos seus amiguinhos e amiguinhas. Eles, tanto quanto eu, também sentimos muito sua falta. 

Esse é um lado estranho da vida. Até hoje não entendo porque Deus impôs essa decisão em nossas vidas, se existe tanto amor entre nós e tínhamos uma vida tão perfeita, tão harmoniosa e tão feliz.
 

A grande depressão

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Falando em depressão. Até hoje não li nenhum texto e não ouvi nenhum especialista que pudesse me definir com precisão o que é mesmo: depressão.

Tenho que cada pessoa vive um quadro. Existe confusão entre tristeza, melancolia e os vários níveis de depressão.

Ontem a noite, vivi um desses quadros. Após meses numa rotina onde - todos os sábados a tarde - preparo-me para buscar Nina - vivi a exceção. Pelo dias das mães, embora fosse meu direito ficar com ela - abri mão para ela ficar com a mãe dela. 

Estava no Shoppping fazendo uma Habeas para o TJ-RS. De repente, as pessoas começaram a ir embora. Cada um para suas casas. De repente, fui invadido pelas lembranças de minha filhinha. Também senti falta de uma casa para ir. Eu tenho meu canto, mas não tenho família, e eu não queria ficar sozinho. Não queria pensar na hipótese de entrar sozinho em meu quarto e o que é pior: saber que nesse domingo não veria Nina e mais ainda: saber que todos estavam com suas vidas voltados para suas mães. 

As recordações de minha mãe são torturantes. São as recordações de meus pais, de uma família extremamente desajustada, onde não havia entendimento, paz e nem amor. Por isso, preferia viver nas casas. 

Pensei que o dia em que tivesse minha casa e meus filhos (tive uma filha) não repetiria nem de longe as brigas e discussões que assistia entre meus pais. 

Dei amor para minha filhinha. Cuidei dela com o maior carinho do mundo. E mesmo assim, vi tu desabar. Foi quando conclui que não basta a vontade objetiva da gente. 

Sem ter para onde ir, tentei buscar algum amigo ou alguma amiga. Era sábado a noite. Novamente eu sentia algo físico em meu cérebro. Era como se uma válvula de vento estivesse soprando em minha própria cabeça. Isso é horror. Tentei fugir de tudo, tomei um vinho, tentei conversar com algumas pessoas, mas isso ninguém entende. 

Era tudo como se o diabo tivesse tomado a decisão de me torturar. Um pavor. 

No sopro do vento cerebral, em meio a uma crise, não tive medo de que a morte pudesse estar próxima. Quando acidentei-me, naquela capotagem, fiquei com um coágulo numa veia que conduz oxigênio ao cérebro. Isso é concreto. Já devia ter feito uma cirurgia, mas tenho um medo abismal de deixar de ver a Nina. Por enquanto, estou plenamente de dono da situação...não sei como seria um processo pós-cirúrgico. Incertezas. 

Ontem eu vi o quanto convivo com a estupidez. O que eu queria era tão simples. Precisava superar aquelas horas, aquelas momentos, precisava conversar. 

Homens não entendem essas fragilidades. Mulheres, sempre pensam que o cara está atrás de uma trepada. Família propriamente dita, eu não tenho. 

Como não havia o sonho da estrada do domingo, do conviver algumas horinhas com a Nina, o pavor tomou conta de mim. Aí - sim  - a depressão me invadiu de um jeito terrível. Não era mais eu, não era mais eu, decididamente. Havia um zumbi em meu corpo. 

Zaratustra, longe de mim, sem saber o que se passava comigo, ainda assim me ouve, tenta me explicar alguma coisa. Mal consigo lê-la. Ela não percebeu que meu mundo não é esse. 

Depressão é algo muito complicado. Difícil de ser entendido, mais ainda de ser explicada em palavras. Só quem vive é quem sabe.  É por isso que as pessoas se suicidam em gestos solitários, sem amigos, sem diálogo com o mundo exterior, sem encontrar abrigo nas religiões. Outras tantas, saem de si, são chamados de loucos, são os que piram, criam mundos paralelos aos seus, adotam o nefelibatismo, caem na vida, não sentem vontade de comer, de tomar um banho, de trocar um lençol, de trocar roupas, de colocar um perfume, perdem a auto-estima, não têm sonhos, vivem por viver, passam um dia após o outro. Os seus sonhos, quando os constroem, são tão pequenos que quase ninguém entende. 

Nesse quadro caótico, fui para minha casa. Deitei-me sem sentido, apenas olhando o teto, após, abafei a cabeça para não ver luz e Deus deu-me a piedade do sono. Dormi. 

Acordei logo cedo. Fingi que tinha para onde ir, que iria almoçar com minha filha. Vesti-me. Abri a porta. Olhei o mundo lá fora. Tudo opaco. 

Vou ver o que acontece nesse dia de hoje. 

Talvez mais incompreensões, talvez um gesto de amor. Talvez a incerteza. Talvez a incoerência. O linchamento pela escrita ... não sei, apenas vou avante. Caminho incerto: Certo que não há caminho certo mais para mim.


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