A vida segue. A batalha política é apaixonante. Destrói reputações, constrói mitos e reserva-nos grandes surpresas.
A oposição santiaguense não pode ter uma avaliação tão ruim assim do resultado. Afinal, foram mais de 10 mil eleitores que confiaram nas propostas e acreditaram nas teses. Isso é um capital político fabuloso e que não pode ser jogado às traças. É preciso ampliar o debate, refinar as ideias, arrejar a cabeça e seguir em frente, cada qual com seu trabalho, cada qual com seus sonhos.
A derrota foi ruim, mas não foi o fim do mundo. Estamos todos vivos, machucados, é verdade, mas ainda existe vida inteligente em Santiago.
Primeiro, temos que reconhecer a hegemonia do PP e do staff. Segundo, saber que vem um ciclo complicadíssimo pela frente. A crise econômica se aguçará, Tiago Gorski terá imensos desafios, principalmente na contenção de despesas e enxugamento da máquina.
Segundo, as bandeiras de Guilherme seguirão fazendo eco, especialmente as propostas de industrialização a partir de cadeias produtivas locais e universidade pública e gratuita. São propostas exequíveis e que não podem morrer. Não adianta a oposição de render agora e tentar se reaglutinar em torno de um novo nome daqui 4 anos.
O nome existe, vários nomes surgiram e Guilherme deu um exemplo de como se faz uma campanha elegante e fundamentada em propostas sérias. A Professora Nice também revelou-se uma mulher de suma elegância, dotada de humildade, sempre sorrindo, participante, deu um exemplo, um belo exemplo. Creio que foi um nome que saiu do pleito fortalecido pela respeitabilidade e honradez.
O PP deverá marchar com Ruivo para deputado estadual em 2018. E na eleição de 2020 haverá um embate interno renhido. Quem será o candidato a prefeito do PP em 2020? Piru Gorski ou Cláudio Cardoso? Ambos são os candidatos mais naturais. Caso Ruivo não se eleja deputado estadual, em 2018, é um nome também para o páreo de 2020.
Os arranjos já estão em curso. Criada a secretaria de cultura, Davi Vernier, assume. Tadeu volta para o meio ambiente e sobem para a câmara Lu e Pelé.
Por outro lado, há décadas persiste esse impasse do PT com o campo da oposição. Até hoje não houve consenso. Ficam presos a grandes questões nacionais, uns hostilizando os outros, enquanto isso o PP se preocupa com a questão local propriamente dita. O PT tem que abandonar essa imbecibilidade de uma política tipo química fina, como se fosse uma moça reconstituindo o hímen a cada transa. O PT nacional e as lideranças maiores são um bando de ladrões, essa é a realidade. Agora, dialeticamente falando, foi o PT quem fez grandes transformações na qualidade de vida do povo brasileiro e isso não pode ser desprezado. Depurar, sim, manter o útil e o bom e aprofundar um debate com a sociedade sobre o tamanho ideal do Estado, para não seguirmos a linha dos politiburos, com a mentalidade de uma república de funcionários públicos.
A oposição também pode tirar lições importantes com Lula, que concorreu 4 vezes e só na quinta é que conseguiu sucesso. Não adianta inventar um nome e tirar nomes da cartola na última hora. Tem-se que fortalecer o nome de Guilherme e ele seguir comandando as oposições. É duro, é. É machucado, é. Mas a vida não se faz só de vitórias. Muitas vezes, um somatório de derrotas, resulta numa vitória.
Por fim, quero registrar o peso das amizades e a importância da fraternidade. Ontem à noite, cumprindo meu ofício de analisar e produzir textos, estava aqui encerrado, solitário, machucado, triste. Nisso me liga meu amigo de sempre Luciano Cardoso Viera, um estrategista político fundamental, um homem de uma visão rara. Estavam em sua casa nosso querido amigo Diego Zuliane e o vereador eleito Batista.
Chorando, Batista me abraçou e disse que não sabia como eu resistia tanta tristeza por causa da Nina e a dor da destruição de minha família. Naquela hora, um momento de festa, dele e do grupo deles, ele saiu expressando solidariedade para comigo. Achei isso tão lindo e tão fantástico.
Sempre disse que a política e as eleições passam, e as amizades sobram, como vínculos eternos enquanto temos vida.
Sou grato a Deus por estar aqui escrevendo, refletindo e cumprindo meu ofício. Seguirei. Ciente de que a vida não se faz só de vitórias, para alguns, a coisa é amarga, tem gosto de fel, mas nem por isso podemos desistir.
A oposição santiaguense não pode ter uma avaliação tão ruim assim do resultado. Afinal, foram mais de 10 mil eleitores que confiaram nas propostas e acreditaram nas teses. Isso é um capital político fabuloso e que não pode ser jogado às traças. É preciso ampliar o debate, refinar as ideias, arrejar a cabeça e seguir em frente, cada qual com seu trabalho, cada qual com seus sonhos.
A derrota foi ruim, mas não foi o fim do mundo. Estamos todos vivos, machucados, é verdade, mas ainda existe vida inteligente em Santiago.
Primeiro, temos que reconhecer a hegemonia do PP e do staff. Segundo, saber que vem um ciclo complicadíssimo pela frente. A crise econômica se aguçará, Tiago Gorski terá imensos desafios, principalmente na contenção de despesas e enxugamento da máquina.
Segundo, as bandeiras de Guilherme seguirão fazendo eco, especialmente as propostas de industrialização a partir de cadeias produtivas locais e universidade pública e gratuita. São propostas exequíveis e que não podem morrer. Não adianta a oposição de render agora e tentar se reaglutinar em torno de um novo nome daqui 4 anos.
O nome existe, vários nomes surgiram e Guilherme deu um exemplo de como se faz uma campanha elegante e fundamentada em propostas sérias. A Professora Nice também revelou-se uma mulher de suma elegância, dotada de humildade, sempre sorrindo, participante, deu um exemplo, um belo exemplo. Creio que foi um nome que saiu do pleito fortalecido pela respeitabilidade e honradez.
O PP deverá marchar com Ruivo para deputado estadual em 2018. E na eleição de 2020 haverá um embate interno renhido. Quem será o candidato a prefeito do PP em 2020? Piru Gorski ou Cláudio Cardoso? Ambos são os candidatos mais naturais. Caso Ruivo não se eleja deputado estadual, em 2018, é um nome também para o páreo de 2020.
Os arranjos já estão em curso. Criada a secretaria de cultura, Davi Vernier, assume. Tadeu volta para o meio ambiente e sobem para a câmara Lu e Pelé.
Por outro lado, há décadas persiste esse impasse do PT com o campo da oposição. Até hoje não houve consenso. Ficam presos a grandes questões nacionais, uns hostilizando os outros, enquanto isso o PP se preocupa com a questão local propriamente dita. O PT tem que abandonar essa imbecibilidade de uma política tipo química fina, como se fosse uma moça reconstituindo o hímen a cada transa. O PT nacional e as lideranças maiores são um bando de ladrões, essa é a realidade. Agora, dialeticamente falando, foi o PT quem fez grandes transformações na qualidade de vida do povo brasileiro e isso não pode ser desprezado. Depurar, sim, manter o útil e o bom e aprofundar um debate com a sociedade sobre o tamanho ideal do Estado, para não seguirmos a linha dos politiburos, com a mentalidade de uma república de funcionários públicos.
A oposição também pode tirar lições importantes com Lula, que concorreu 4 vezes e só na quinta é que conseguiu sucesso. Não adianta inventar um nome e tirar nomes da cartola na última hora. Tem-se que fortalecer o nome de Guilherme e ele seguir comandando as oposições. É duro, é. É machucado, é. Mas a vida não se faz só de vitórias. Muitas vezes, um somatório de derrotas, resulta numa vitória.
Por fim, quero registrar o peso das amizades e a importância da fraternidade. Ontem à noite, cumprindo meu ofício de analisar e produzir textos, estava aqui encerrado, solitário, machucado, triste. Nisso me liga meu amigo de sempre Luciano Cardoso Viera, um estrategista político fundamental, um homem de uma visão rara. Estavam em sua casa nosso querido amigo Diego Zuliane e o vereador eleito Batista.
Chorando, Batista me abraçou e disse que não sabia como eu resistia tanta tristeza por causa da Nina e a dor da destruição de minha família. Naquela hora, um momento de festa, dele e do grupo deles, ele saiu expressando solidariedade para comigo. Achei isso tão lindo e tão fantástico.
Sempre disse que a política e as eleições passam, e as amizades sobram, como vínculos eternos enquanto temos vida.
Sou grato a Deus por estar aqui escrevendo, refletindo e cumprindo meu ofício. Seguirei. Ciente de que a vida não se faz só de vitórias, para alguns, a coisa é amarga, tem gosto de fel, mas nem por isso podemos desistir.