Creio que nesse momento de profundo radicalismo da política nacional, fica muito difícil identificar onde reside a razão.
Na verdade, vários atores políticos são decentes e existe um núcleo de verdade em cada construção discursiva.
Eu próprio, passei por momento de turbulências ideológicas. É que o discurso moral em defesa da família, da unicidade familiar, embora pregado pela direita, tem minha simpatia e minha concordância. Nesse campo, estou em franca divergência com a esquerda.
Já no que tange ao problema econômico e a linha de investimentos no social, as prioridades sociais da pauta governamental, e o incentivo à educação, saúde, habitação popular e linhas de financiamento e créditos aos pequenos e médios, a proposta da esquerda é bem mais sensata e com ela concordo.
Hoje, entendo Marina Silva, que sustentou que não é oposição e nem situação, nem esquerda e nem direita.
Existe algo muito maior no mundo. Um governo invisível, que controla os mercados financeiros, que detém o conhecimento das matrizes tecnológicas, que formam os grandes oligopólios das cadeias produtivas da alimentação e envolvem a pecuária e a agricultura, para estes, tanto faz o governo do Estado nacional ser de esquerda ou de direita. Porém, fica claro que desta ideologia de expansão do mercado mundial e controle das pessoas, existe sim a noção de destruir a família, de jogar pais contra filhos, de banalizar o sexo, de destruir a noção da ordem social judaico-cristã. Aqui é o ponto mais delicado de tudo e aqui é que deve iniciar a reação dos carismáticos, católicos, evangélicos, espíritas, umbadistas e de todos que defendem a família tradicional como célula mestra de todo este epicentro global.
É claro que razão assiste, por incrível que pareça, a Olavo de Carvalho, um ícone de direita, quando sustenta que a estes, do governo invisível, tanto faz o rótulo do governo de um país, de esquerda ou de direita.
É a transnacionalização de um governo cujos interesses estão acima dos interesses nacionais. A eles, que controlam o sistema financeiro, o mercado de alimentos, o mercado de roupas e moda, o mercado de veículos, que detém todas as matrizes tecnológicas e da manipulação genética, tanto faz o PT no poder, Bolsonaro ou Lula, Dória ou Marina, eles detém o controle de tudo mesmo. Somos meras marionetes dentro da nova ordem mundial.
Talvez não tão extremado com os vídeos de evangélicos americanos, mas - contudo - sugestivos de que é preciso esboçar uma resistência cristã e judaica, principalmente assentada na ideologia de Jesus, afinal este sempre se opôs tanto ao judaísmo, mesmo sendo Judeu, quanto a dominação do império romano.
Jesus é evidentemente uma terceira via de poder nas relações do seu tempo. Curiosamente, hoje, é sua mensagem e sua pregação, que pode unificar a resistência diante desta nova ordem mundial, eis que embora pese a dominação científica e tecnológica, associada a financeira, ela trás embutida em si mesma, um apelo mortal a família, o incentivo a alienação, a robotização das pessoas, incentivadas a não mais pensar, apenas a consumir acriticamente, aceitando as regras dos ícones pops com seus ritos e costumes, aceitando as regras do mercado financeiro, aceitando a escravização pela domínio científico e tecnológico dos que detém as matrizes tecnológicas. Em suma, somos educados para o conformismo social e econômico.
Assim, é lastimável a acriticidade de setores evangélicos, vítimas deste contexto, mas que convivem com ele, gerando a alienação e submissão, em troca do status quo dos dízimos de da manipulação mais primária sobre um contingente alienado.
Por outro lado, embora alguns detenham informações reais sobre o uso de chip em seres humanos, o que já acontece com o sistema de saúde nos EUA, embora até falem na nova ordem mundial dos caixões e na incógnita da FEMA, a reação é sempre uma mira errada, pois tratam tudo produto do comunismo, se voltam contra as pessoas de esquerda e cometem um terrível erro de avaliação. Exatamente por não compreenderem a esta nova ordem mundial, tanto faz o comunismo, o liberalismo, o capitalismo ou o socialismo.
A nova ordem mundial dos caixões está acima de ideologias, a eles tanto faz esta ou aquela modalidade de governo. Isso, infelizmente, 99% dos evangélicos e católicos não compreendem. É evidente que a nova ordem mundial não quer destruir apenas a família, ela usa ritos e símbolos satânicos, a erotização infantil, incentiva a depravação sexual, combate o amor romântico, vulgariza as relações firmes e assentadas na fraternidade e no amor, aposta na confusão sexual, pois a estes interessa a alienação e a boçalidade.
Quanto mais estúpido e ignorante for um povo, mais fácil será a subserviência, Quanto mais os jovens contentarem-se com o conhecimento empastelado, quanto mais acríticos forem, lendo apenas as notícias produzidas por suas agências, quanto mais os jovens envolverem-se com drogas, sexo, motos, carros, cavalos, bebedeiras, melhor e mais fácil é a dominação.
Pari passu, existe em pauta ideologia da destruição das pessoas que pensam e querem incentivar um debate crítico. Isso é notório nos EUA, no México, na Argentina, no Brasil e até aqui em Santiago.
Apontar a dominação, identificar os rumos da perversidade social, política e econômica, implica na desconstrução da pessoa que pensa e estuda, fora dos padrões de dominação.
Temos muito que pensar e refletir.
Oxalá, saibamos, com a Graça Divina, entender este processo de dominação e buscarmos alternativa críticas em nível macro de política como fator determinante desta redefinição de paradigmas.